As atividades culturais promovidas pela Spcine, empresa municipal de apoio ao cinema e audiovisual, vinculada à Secretaria Municipal de Cultura, foram apresentadas nesta quarta-feira (13/11), na Câmara Municipal de São Paulo, em reunião da Subcomissão do Plano Municipal de Cultura.
O objetivo da apresentação foi analisar as ações da Spcine de fomento à cultura, a partir das metas propostas pelo PL (Projeto de Lei) 248/2015.
De autoria do Executivo, o projeto disciplina o Conselho Municipal de Política Cultural, órgão de caráter consultivo, deliberativo e propositivo, formado por representantes da sociedade civil, de entidades culturais e da administração pública municipal.
Segundo a presidente da Spcine, Laís Bodanzky, a empresa atua como facilitadora para o desenvolvimento, financiamento e implementação de programas e políticas para os setores de cinema, TV, games e novas mídias, com o fito de difundir e estimular o potencial econômico, criativo, cultural e social da área.
A presidente da Spcine destacou o Circuito Spcine de Salas de Cinema, iniciativa de gestão de 20 salas públicas espalhadas pela cidade:
. Quinze instaladas em CEUs (Centros Educacionais Unificados)
. Duas no Centro Cultural São Paulo
. Uma na Biblioteca Roberto Santos
. Uma no Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes
. Uma na Galeria Olido.
Semanalmente, destacou Laís Bodanzky, são realizadas três sessões em cada sala do circuito.
Os filmes são escolhidos através de uma curadoria mista que abrange lançamentos comerciais, filmes nacionais, produções alternativas e obras veiculadas nas 20 mostras e festivais cinematográficos apoiados pela empresa municipal.
Cineclubes
Uma das propostas da Spcine para 2020 é a ampliação desse circuito:
“A prefeitura e as secretarias compreenderam a importância do audiovisual do ponto de vista econômico, de geração de renda e de postos de trabalho”, afirmou Laís.
“Mas também do ponto de vista simbólico, porque isso também gera um recurso indireto quando você projeta a cidade através dos artistas, de sua qualidade técnica e seus serviços”, apontou.
Outra ação da Spcine prevista para o próximo ano é a criação de 34 cineclubes, com filmes selecionados sob a política afirmativa da empresa, que garante a diversidade de gênero e raça em todas as obras exibidas.
A Spcine já começou a formação de agentes cineclubistas, selecionados entre 400 jovens inscritos nas diferentes regiões onde serão instalados os cineclubes:
“Os agentes serão responsáveis pela programação dos filmes exibidos, baseada nas especificidades de cada região. Também farão os debates dos longas, sempre com temáticas sociais, oferecendo repertório crítico para que o espectador possa absorver o conteúdo exibido”, ressaltou Laís.
Produções audiovisuais na cidade
Outra frente de atuação é a São Paulo Film Commission, serviço de assistência para a realização de produções audiovisuais na capital paulista:
“A São Paulo Film Commission é uma facilitadora do diálogo entre o Poder Público e as produtoras audiovisuais. Desde sua criação, há três anos, o serviço se tornou o segundo mais importante da América Latina. Isso significa que São Paulo é a segunda cidade da América Latina com mais filmagens acontecendo”, disse a presidente da Spcine.
Para a presidente da subcomissão, vereadora Soninha Francine (CIDADANIA), a discussão sobre a Spcine é importante, pois a empresa tem grande potencial para fomentar a área na cidade:
“O Plano Municipal de Cultura é dividido em metas, e cada meta é subdividida em ações. Existem muitas ações, em várias metas, que dizem respeito ao fomento à difusão da produção audiovisual”, disse Soninha.
“E há vários aspectos que garantem a produção audiovisual como forma de expressão cultural e de geração de renda, com potencial para atração de recursos que podem ser reinvestidos na nossa própria produção”, concluiu a vereadora.
Também participaram da reunião a diretora de Desenvolvimento e Políticas Audiovisuais da Spcine, Malu Andrade, e o vereador Alessandro Guedes (PT).