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Lei que institui prêmio para apoiar iniciativas de igualdade racial é sancionada

Por: KÁTIA KAZEDANI - DA REDAÇÃO

9 de fevereiro de 2018 - 09:05

As iniciativas de promoção da igualdade racial na capital paulista serão reconhecidas por meio do Prêmio Nelson Mandela previsto no Projeto de Lei (PL 206/2014), de autoria do vereador Jair Tatto (PT).  Sancionada pelo Prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), a legislação apoiará ações desenvolvidas por associações, fundações, organizações não governamentais e núcleos religiosos ou artísticos.

A Lei 16.829, de 6 de fevereiro, estabelece que poderão concorrer ao prêmio as pessoas jurídicas com sede no município há mais de um ano. As inscrições deverão ser feitas na Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania.

Os trabalhos serão avaliados por uma comissão formada por cinco integrantes, sendo que o presidente do grupo será indicado pelo secretário de Direitos Humanos e o restante escolhido pela Pasta a partir de uma lista tríplice enviada por entidades que atuam na área.

A legislação proíbe a participação de proponentes que tenham iniciativas em andamento contempladas em outros prêmios incentivados pelo município, com exceção das cooperativas e associações.

O nome do prêmio é referência ao advogado Nelson Rolihlahla Mandela. Ele defendeu os direitos humanos durante o regime segregacionista na África do Sul. Vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1993, Mandela tornou-se o primeiro presidente negro do País.

O ativismo de Mandela foi reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas). A instituição definiu 18 de julho, data de seu nascimento, como o Dia Internacional Nelson Mandela. Foi uma formaforma de valorizar em todo o mundo a luta pela liberdade, justiça e democracia.

Para Jair Tatto, essa é uma importante medida. “No Brasil, a segregação racial se fez presente no período da escravidão e a população negra foi excluída do mercado de trabalho formal por décadas após a Lei Áurea. O estímulo e a promoção de políticas públicas de igualdade racial significa dar tratamento igualitário a quem se encontra, atualmente, em situação de desigualdade”, disse.

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