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A Câmara Municipal apresentou nesta quinta-feira um resumo das opiniões colocadas pelos 37 convidados do ciclo de debates Pensando São Paulo, promovido pela Escola do Parlamento. Nos últimos meses, especialistas debateram sobre os principais problemas da cidade nas áreas de habitação, turismo, educação, meio ambiente, mobilidade urbana, uso de drogas e transparência. O resultado dos debates será reunido em um livro com lançamento previsto para o dia 14 de dezembro e que será entregue ao novo prefeito e aos novos vereadores da cidade.
Roberto Lamari, diretor presidente da Escola do Parlamento, lembrou os assuntos discutidos no primeiro debate, que tratou de temas relativos à mobilidade urbana e à possibilidade da implantação do pedágio urbano. Todos foram favoráveis ao pedágio. Ao custo de quatro reais, ele poderia arrecadar cerca de um bilhão por ano para a cidade de São Paulo, valor que seria aplicado em transporte coletivo. A divergência entre os debatedores se deu apenas em relação à forma de implantação desse pedágio, afirmou.
O jornalista Milton Bellintani relembrou os principais apontamentos feitos no debate sobre drogadição e destacou a preocupação dos especialistas em relação ao uso excessivo, e cada vez mais precoce, do álcool pelos brasileiros. Em relação ao debate sobre meio ambiente, Bellintani lembrou que todos os especialistas apontaram para o resgate da ideia de que a cidade é um bem comum e precisa ser respeitada por todos.
No que se refere à acessibilidade na cidade de São Paulo, Bellintani recordou o destaque dado pelos especialistas ao problema das calçadas irregulares da capital. Segundo o jornalista, a facilidade para locomoção da pessoa com deficiência foi apontada como facilitador para a garantia de uma série de outros direitos, como acesso ao mercado de trabalho.
Um novo código para o transporte público, que incluiria redução do número máximo de pessoas no transporte coletivo e redução de ruídos no interior dos veículos; aumento das áreas verdes da cidade; melhor formação ambiental por parte dos gestores e de toda a população; regulação dos preços dos terrenos com o objetivo de solucionar o problema da moradia e a revitalização do centro da cidade; aulas para jovens e adultos mais voltadas para a realidade de vida dessas pessoas e metas claras e plausíveis de ensino foram algumas das propostas feitas pelos especialistas e que deverão compor o livro.
(11/10/2012 – 18h05)
