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Um comentário

Karla Carolina de Sosa Oliveira

Bom dia,

O evento foi muito interessante, acompanhei on line e agradeço.
Gostaria de ter acesso ao vídeo, principalmente a fala do professor Ajax para que possa usar como recurso didático na formação de residentes de psiquiatria em que leciono. Isso é possível?
Obrigada

Contribuições encerradas.

Luta contra a medicalização é abordada na Câmara

17 de novembro de 2017 - 23:58
Luiz França/CMSP

Discussão ocorreu na noite desta sexta-feira na Câmara Municipal de São Paulo

ANDREA GODOY
DA TV CÂMARA

O vereador Eliseu Gabriel (PSB) realizou uma solenidade em alusão ao Dia Municipal de Luta contra a Medicalização da Educação, comemorado em 11 de novembro. O objetivo é conscientizar a sociedade de que nem tudo deve ser tratado com remédios.

A data faz parte do calendário oficial da cidade por meio da Lei Municipal de autoria do vereador e está sendo comemorada pelo sexto ano consecutivo. A ideia é fazer com que a sociedade entenda que há outras formas, fora a medicamentosa, de lidar com problemas de alunos nas escolas. Isso para tratar qualquer comportamento diferente.

Gabriel diz que quando uma criança tem problema de aprendizado não dá para achar que a culpa é dela. “Há todo um conjunto de problemas. Não é só chegar e dar um remédio achando que assim ela vai ficar menos ativa, mais calma e mais atenta. Não tem cabimento isso. Tem que principalmente buscar uma forma de resolver o problema no conjunto. Por que ela não está tendo aprendizagem adequada? O que está acontecendo no entorno?”

O Fórum sobre a medicalização na educação e na sociedade, formado por diversos profissionais, principalmente de saúde, participou da solenidade e está engajado no movimento de conter a medicalização.

Lucy Duró, pedagoga e mestranda em psicologia escolar, diz que medicar é prescrever remédio para quem precisa. “Já medicalizar é prescrever medicação pra quem não precisa. E nós temos visto muitas crianças com supostos transtornos sendo medicalizadas desde muito cedo. O Brasil é o segundo maior consumidor no mundo de Metilfenidato, perdendo apenas para os Estados Unidos. Uma droga que traz sérios riscos”.

Um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) divulgado em 2011 apontou o uso abusivo de medicamentos no Brasil. De acordo com o documento, a medicalização no País corresponde a 0,5% e está acima da média da América do Sul, estimada entre 0,3 e 0,4%.

Ajax Perez Salvador, psiquiatra e psicoterapeuta, afirma que nem tudo deve ser tratado com medicamentos. “Há uma tendência de achar que tudo o que há de errado é um problema médico, de doença, que todo o sofrimento é necessariamente doença. Determinar que alguma coisa não está de acordo com o esperado não quer dizer que isso seja doença e que precisa ser tratado.”

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