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Mais de um milhão de pessoas já possuem o Passaporte da Vacina em São Paulo

Por: KAMILA MARINHO - HOME OFFICE

4 de novembro de 2021 - 19:09

O Certificado de Vacinação contra Covid-19, o chamado “passaporte da vacina”, que é disponibilizada por meio do aplicativo Poupatempo Digital, foi acessado mais de 1,1 milhão de vezes no app, sendo 1 milhão na versão em português e outras 88 mil no comprovante em inglês.

O certificado digital de imunização, exigido em alguns estabelecimentos e eventos, tem a mesma validade e os mesmos dados do documento impresso, contendo datas das doses, nome do profissional vacinador, nome e registro da unidade de saúde, fabricante e o número do lote da vacina aplicada. Também é possível baixar e imprimir o documento, que pode ter sua autenticidade comprovada por meio do QR Code.

Pelo aplicativo Poupatempo Digital, é possível ainda obter a versão digital da carteira de vacinação, que permite acompanhar as datas das doses, e que já ultrapassa mais de 6,7 milhões de acessos. Além disso, para aqueles que ainda não se imunizaram ou que tem a terceira dose da vacina prevista, a ferramenta permite realizar o pré-cadastro, direcionado ao site Vacina Já que diminuiu em até 90% o tempo de permanência no posto de saúde.

Mais sobre o novo coronavírus 1

De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta quinta-feira (4/11), a capital paulista totalizava 38.794 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.538.390 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta quinta (4/11), é de 34,9%.

Na última terça-feira (2/11), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 44%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

Mais sobre o novo coronavírus 2

O novo Boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado nesta quinta (4/11), adverte para a necessidade de cautela na retomada de eventos sociais com aglomeração, considerando somente o percentual de adultos completamente vacinados. Os pesquisadores do Observatório afirmaram ser fundamental que se atinja o patamar de 80% de cobertura vacinal da população total para que sejam retomados eventos com grande público. Alcançada essa meta, alertam que, além dos adultos, a campanha de imunização deve atingir também crianças e adolescentes.

Os cientistas lembraram que a população de adolescentes, pelo tipo de comportamento social que tem, é um dos grupos com maior intensidade de circulação nas ruas e convive com outros grupos etários e sociais mais vulneráveis. “Por isso, é equivocado pensar que, com a população somente adulta coberta adequadamente, a retomada irrestrita dos hábitos que aglomeram pessoas é possível”, diz o boletim.

De acordo com o boletim, a cobertura vacinal vem aumentando gradualmente, tendo atingido, recentemente, 55% da população total, portanto ainda distante do patamar ideal. O documento destaca também a existência de uma quantidade significativa de pessoas que precisam retornar aos postos de saúde para a segunda aplicação da vacina contra a Covid-19.

Segundo destacam os pesquisadores, a recomendação é que, enquanto se caminha para um patamar ideal de cobertura vacinal, medidas de distanciamento físico, uso de máscaras e higienização das mãos devem ser mantidas e a realização de atividades que representem maior concentração e aglomeração de pessoas só sejam realizadas com comprovante de vacinação. O documento acentua que países do Leste Europeu, bem como os Estados Unidos, vêm apresentando surtos de Covid-19 em condições de baixa cobertura de vacinação, o que deve ser evitado no Brasil.

Na avaliação dos pesquisadores da Fiocruz, o cenário brasileiro ainda é de estabilidade nas taxas de transmissão do vírus Sars-CoV-2. Foram notificados, em média, 11.500 casos e 320 óbitos diários, ao longo da Semana Epidemiológica (SE) 43, compreendida entre os dias 24 e 30 de outubro. Esses números representam redução de 0,7% ao dia nos registros de casos e menor velocidade de redução do número de óbitos no país, que agora atinge 0,4%, depois de 14 semanas de redução acelerada e sustentada, com velocidade de 1% a 2%.

Os cientistas acentuaram que embora o registro de casos e de óbitos por Covid-19 se mantenha em trajetória declinante, a taxa de positividade dos testes de diagnóstico permanece alta, o que pode ser atribuído à exposição ao vírus e à presença de indivíduos fora de casa. “O Índice de Permanência Domiciliar mostra, por exemplo, que há mais pessoas nas ruas do que antes da pandemia”, indica o boletim.

A Câmara durante a pandemia

Em reunião nesta quinta-feira (4/11), a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Prevent Senior decidiu pela convocação na condição de investigados, no próximo dia 11 de novembro, de quatro médicos cujos nomes foram citados em outras oitivas da Comissão ou constam em estudos com medicamentos sem eficácia comprovada para Covid-19 realizados pela prestadora de saúde.

Instalada no último 10 de outubro, a CPI da Prevent Senior busca analisar e investigar a atuação da Prevent Senior na capital paulista com a finalidade de enfrentar a Covid-19, como a possível subnotificação do número de casos de contaminação e de óbitos por parte da operadora de saúde.

Uma das suspeitas da Comissão é de que, para diminuir a quantidade de registros, a Prevent Senior teria agido para que pacientes com Covid-19 não tivessem a doença anotada em seus prontuários. Nos casos de morte, a informação também não constaria dos atestados de óbito.

*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus desta quinta-feira

*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus

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