Em audiência realizada nesta quinta-feira (06/06), a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania divulgou um mapeamento da violência contra as mulheres em São Paulo, resultado de trabalho realizado por universitários. O material, baseado em dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, indica que os feminicídios não se concentram em determinadas áreas, mas ocorrem em toda a cidade.
Segundo a professora Luciana Itikawa, responsável pelo estudo, foram incluídos no levantamento crimes de lesão corporal, estupros e homicídios. “Nós ficamos impressionadas como a violência é espalhada pelo território urbano. A gente imaginava que fosse pontual”, completou Luciana.
O debate se deteve em políticas públicas voltadas às mulheres, como serviços, rede especializada de apoio, orçamentos específicos, convênios e repasses de verbas, em busca de traduzir os números em agendas para reduzir a criminalidade.
Para a vereadora Juliana Cardoso (PT), cabe coordenar as políticas relativas a gênero. “[É preciso] elaborar, propor, articular e fomentar a implantação de projetos que resultem em melhorias dos direitos voltados às mulheres”, afirmou a vereadora.
Diretora da ONG Nova Mulher, Márcia Regina Victoriano mencionou ter denunciado a precariedade dos serviços, além de expor a insatisfação em relação ao repasse de verbas. Ele entende que o trabalho deve envolver diversas esferas do governo, em um trabalho entre secretarias. “É uma situação que exige certa emergência”, concluiu Márcia.