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Março Lilás: Diagnóstico precoce do câncer no colo de útero pode salvar vidas

Por: BEATRIZ DAMASCENO
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2 de março de 2022 - 09:00

Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o câncer no colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres. Estima-se o diagnóstico de 16 mil novos casos por ano. Para conscientizar a população da importância da prevenção e da detecção precoce foi criada a campanha “Março Lilás”.

Este é um tipo de câncer que leva anos para se desenvolver e que na fase inicial pode não apresentar sintomas. Mas, o exame papanicolau (conhecido também como preventivo) reconhece facilmente as alterações nas células que dão origem ao câncer no colo do útero.

Por isso, é importante que as mulheres façam anualmente o exame papanicolau. Principalmente, aquelas que têm entre 25 e 59 anos. Além disso, quando diagnosticado em fase inicial, as chances de cura são de 100%.

O tratamento para cada caso é avaliado pelo médico. Podendo haver cirurgia, radioterapia e quimioterapia. É considerado o estágio da doença, o tamanho do tumor, a idade da paciente e o desejo de ter filhos.

Causas

O câncer no colo do útero é causado pela  infecção frequente de alguns tipos de  HPV (Papiloma Vírus Humano), chamados os tipos oncogênicos. A infecção genital por esse vírus é muito frequente, mas na maioria das vezes não evolui para o câncer.

No mundo, estima-se que entre 25% e 50 % da população feminina e 50% da população masculina esteja infectada pelo HPV. Mas, a maioria com infecção transitória, combatida espontaneamente pelo sistema imune.

A transmissão ocorre no contato com pele ou mucosa infectada. Podendo acontecer via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. O contágio acontece mesmo sem penetração vaginal ou anal.

Fatores de risco

O uso prolongado de pílulas anticoncepcionais, o tabagismo, má higiene íntima, o início precoce das atividades sexuais e múltiplos parceiros são fatores de risco.

Outras estratégias de prevenção

Dois tipos de HPV são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer no colo do útero, sendo eles os tipos 16 e 18.  Em 2014, o Ministério da Saúde incluiu a vacina tetravalente contra o HPV no calendário vacinal. Atualmente, ela é destinada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV.

Segundo o Inca, a vacinação e a realização do exame papanicolau (preventivo) se complementam como ações de prevenção. É importante ressaltar que mesmo mulheres vacinadas precisam fazer o exame papanicolau periodicamente.

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