Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o câncer no colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres. Estima-se o diagnóstico de 16 mil novos casos por ano. Para conscientizar a população da importância da prevenção e da detecção precoce foi criada a campanha “Março Lilás”.
Este é um tipo de câncer que leva anos para se desenvolver e que na fase inicial pode não apresentar sintomas. Mas, o exame papanicolau (conhecido também como preventivo) reconhece facilmente as alterações nas células que dão origem ao câncer no colo do útero.
Por isso, é importante que as mulheres façam anualmente o exame papanicolau. Principalmente, aquelas que têm entre 25 e 59 anos. Além disso, quando diagnosticado em fase inicial, as chances de cura são de 100%.
O tratamento para cada caso é avaliado pelo médico. Podendo haver cirurgia, radioterapia e quimioterapia. É considerado o estágio da doença, o tamanho do tumor, a idade da paciente e o desejo de ter filhos.
Causas
O câncer no colo do útero é causado pela infecção frequente de alguns tipos de HPV (Papiloma Vírus Humano), chamados os tipos oncogênicos. A infecção genital por esse vírus é muito frequente, mas na maioria das vezes não evolui para o câncer.
No mundo, estima-se que entre 25% e 50 % da população feminina e 50% da população masculina esteja infectada pelo HPV. Mas, a maioria com infecção transitória, combatida espontaneamente pelo sistema imune.
A transmissão ocorre no contato com pele ou mucosa infectada. Podendo acontecer via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. O contágio acontece mesmo sem penetração vaginal ou anal.
Fatores de risco
O uso prolongado de pílulas anticoncepcionais, o tabagismo, má higiene íntima, o início precoce das atividades sexuais e múltiplos parceiros são fatores de risco.
Outras estratégias de prevenção
Dois tipos de HPV são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer no colo do útero, sendo eles os tipos 16 e 18. Em 2014, o Ministério da Saúde incluiu a vacina tetravalente contra o HPV no calendário vacinal. Atualmente, ela é destinada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV.
Segundo o Inca, a vacinação e a realização do exame papanicolau (preventivo) se complementam como ações de prevenção. É importante ressaltar que mesmo mulheres vacinadas precisam fazer o exame papanicolau periodicamente.