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A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva abriu a agenda desta quinta-feira do XI Congresso Brasileiro do Ministério Público de Meio Ambiente, realizado no Anhembi, com uma palestra sobre o papel do Brasil no contexto internacional sobre medidas coletivas de combate ao aquecimento global.
Segundo ela, o País deu uma contribuição muito grande ao assumir uma meta voluntária de reduzir em 36,1% a emissão de gás carbônico até 2020. Para a ex-ministra, a iniciativa serviu como “constrangimento ético” para que outras nações, como os Estados Unidos, também reduzam suas emissões.
“Emitimos menos (carbono) e temos menos recursos, mas ainda assim estamos nos comprometendo a reduzir os gases que causam o efeito estufa. O Brasil saiu da velha posição reativa para uma ação proativa”, comentou Marina.
Para ela, a mobilização da opinião pública e a atuação da mídia foram importantes para essa mudança e para “antecipar aquilo que os dirigentes políticos queriam retardar”.
Durante a palestra, Marina Silva ainda criticou a aprovação do novo Código Florestal legislação que estipula regras para a preservação ambiental em propriedades rurais.
Ela classificou o código como “nefasto” e “retrocesso dos retrocessos”, e declarou que os avanços conquistados pelo Brasil na redução do desmatamento podem ser eliminados com as novas regras aprovadas.
O CONGRESSO
Promovido anualmente pela Associação Brasileira do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), o congresso é um fórum de discussões dedicado ao debate da própria atuação ministerial, o papel da justiça, a legislação ambiental, o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental.
Nesta edição, o foco do debate são os desafios da legislação brasileira na sociedade contemporânea. Dessa forma, considerando que o País experimenta um sensível desenvolvimento econômico, o objetivo do evento é reforçar a necessidade de as instituições dialogarem com profissionalismo sobre as repercussões ambientais desse desenvolvimento, a evolução da legislação ambiental e o adequado manejo dos importantes instrumentos legais que lhe são confiados por sua atribuição constitucional.
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(04/08/2011 – 12h34)