A Comissão de Meio Ambiente recebeu nesta terça-feira idealizadores do Projeto Fome ação da Plataforma Sinergia para o combate ao desperdício de alimentos. A iniciativa, que já tem o apoio da Prefeitura de São Paulo, busca reaproveitar alimentos que seriam jogados fora por indústrias, supermercados, bares e restaurantes e, através de um processo industrial, transformá-los em uma espécie de farinha que será doada e que pode ser consumida de diversas formas.
O biólogo Flavio Vita, que apresentou os aspectos técnicos do projeto, explicou que os alimentos recolhidos passam por trituração, pasteurização e esterilização, o que garante um resultado livre de elementos que possam comprometer a saúde. Uma das maiores vantagens, segundo ele, é que o resultado, por ser uma farinha seca, possui validade de cerca de um ano.
Durante a reunião desta terça-feira, os presentes puderam experimentar um pão feito com a tal farinha, que possui componentes nutricionais balanceados, pode ser utilizada na confecção de biscoitos e ter adição de sabores.
Rosana Perotti, membro da presidência da Plataforma Sinergia, é otimista quanto à parceria de empresas no projeto. “O desperdício é muito grande e custa muito. O que hoje é gasto para ser jogado fora vai ser gasto no reaproveitamento”, explicou. Segundo ela, a adesão ao Projeto Fome não custará nada para os participantes, sendo apenas uma realocação de recursos.
O vereador Natalini (PV), presidente da Comissão de Meio Ambiente, afirmou que o Legislativo Municipal poderá contribuir a partir de leis que obriguem os estabelecimentos a encaminhar alimentos excedentes para centros como o do Projeto Fome, em vez do descarte ou incineração. Segundo o parlamentar, o desperdício diário de comida em São Paulo é superior a mil toneladas.
(19/10/2011 – 12h37)