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Meio Ambiente debate benefícios da inspeção veicular

10 de dezembro de 2012 - 13:47

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Especialistas convidados pela Comissão de Meio Ambiente para debater a inspeção veicular avaliaram o programa paulistano como essencial e barato, se comparado às economias que traz na saúde e qualidade de vida. A conversa, que ocorreu nesta segunda-feira, reuniu idealizadores do programa e pesquisadores da área, que além de explicarem a importância desse tipo de controle, sugeriram algumas alterações que poderiam ser feitas para melhorar sua eficácia sem onerar a população.

O consultor Gabriel Branco, da Enviromentality, um dos responsáveis pela elaboração do programa paulistano, justificou a necessidade de os veículos novos serem inspecionados. “O pessoal mexe no veículo para aumentar a performance ou economizar dinheiro, faz por conta própria uma alteração malfeita e descuidada, e é aí que mora o perigo, disse. Além disso, ele afirmou que o recorte foi uma maneira de educar a população para depois estender o número de veículos inspecionados.

Branco quantificou a melhora no ar da cidade de São Paulo com a inspeção veicular, expondo que a diminuição de poluentes na atmosfera em 2011 foi equivalente à redução da frota em 1,2 milhão de veículos. Já na saúde pública, os resultados do programa foram apresentados em número de vidas salvas e economia. Paulo de André, da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), disse que as mortes evitadas no último ano e o aumento da produtividade no trabalho diretamente ligados à poluição atmosférica acumulam cerca de R$ 100 milhões apenas na capital paulista. Em toda a região metropolitana, os ganhos são de R$ 160 milhões.

Paulo disse ainda cada óbito que deixa de ocorrer graças à inspeção veicular custa à administração pública R$ 13 mil. Isso é muito barato para um programa de saúde pública, observou.  Ainda há os ganhos em qualidade de vida, menor necessidade de atendimento a quem mora na cidade, lembrou.

Apesar de a importância da inspeção veicular ser unânime entre os participantes do debate, eles não deixaram de fazer sugestões tanto para a melhoria do programa quanto para a administração pública em geral, em assuntos que tangenciam a questão dos veículos automotores. O pagamento da taxa, segundo os convidados, poderia ser reestudado. Se a segunda inspeção dos reprovados fosse mais cara que a primeira, em vez de ser gratuita, os motoristas investiriam mais em manutenção preventiva, sugeriu Gabriel Branco.

Já o consultor e ex-secretário estadual do Meio Ambiente Fabio Feldmann propôs que o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) fosse alterado, de forma que o consumidor se sentisse menos lesado ao pagar pelo tributo e pela inspeção em separado. Além disso, ele ampliou o debate para questões maiores que precisam ser resolvidas pelo poder público, como, por exemplo, a falta de uma contrapartida das fabricantes em relação à redução de impostos, que impulsionou a venda de automóveis. Não tem porque, no mundo globalizado em que vivemos, termos tecnologias piores do que outros países. Temos que exigir o mesmo padrão de eficiência aplicado em outros países, afirmou.

Outro ponto sustentado por Feldmann é a necessidade de um programa que evite o sucateamento da frota. Aos moldes do que já ocorre nos Estados Unidos, ele defendeu que o governo poderia pagar por automóveis velhos, até mesmo aproveitando parte do material na indústria siderúrgica.

Assim como os convidados, o presidente da Comissão do Meio Ambiente, Gilberto Natalini (PV), é favorável à manutenção e ampliação do programa de inspeção veicular. Já notamos que ele dá resultados, agora precisamos que as pessoas entendam, disse. A impressão que tenho é que a queixa das pessoas é pela obrigatoriedade de levar todo ano para a inspeção, observou, ressaltando que isso reflete uma mentalidade geral da população de ser contrária a ações que favorecem o meio ambiente. É a mesma coisa com as árvores, elas são tratadas como inimigas, porque sujam a calçada, observou.

Feldmann concordou com a análise do parlamentar, e sugeriu uma articulação conjunta para mudar esse quadro, no que diz respeito à inspeção dos automóveis. Citando novamente os norte-americanos, ele lembrou que lá as vítimas de câncer de mama se mobilizaram contra a indústria de pesticidas. As mães de crianças com problemas respiratórios precisam ser nossas aliadas, pois elas se beneficiam com o programa, argumentou.
 

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(10/12/2012 – 13h50)


 

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