Os vereadores aprovaram em definitivo, com 34 votos a favor, nove contrários e uma abstenção, o Projeto de Lei (PL) 347/2015, enviado à Câmara Municipal pelo prefeito Fernando Haddad. A proposta, que avançou em sessão plenária realizada nesta quarta-feira (22/6), estabelece um plano de melhoramentos viários para o Eixo de Desenvolvimento Arco Jacu-Pêssego, na zona leste da cidade.
O PL prevê intervenções que vão atingir áreas correspondentes às subprefeituras de Itaquera, São Mateus e São Miguel e propõe um novo plano de mobilidade na área ‘entre rios’, próximo ao Parque do Carmo, no distrito de Itaquera. O vereador Paulo Fiorilo (PT) explicou que todas as ações previstas visam atrair o empresariado para a região e, com isso, fomentar empregos na região leste da cidade.
“O prefeito Fernando Haddad propõe que haja alargamento de avenidas e ruas, um alinhamento que permita que a região receba grandes empreendimentos e continue gerando empregos, como tem ocorrido até agora. A ideia é que isso faça com que empresas possam se interessar pela região, até porque lá é uma região com vias estreitas e grandes dificuldades de locomoção, não na Jacu Pêssego, mas no entorno”, disse.
Já para o vereador Aurélio Nomura (PSDB), um dos parlamentares a votar contra o projeto, as intervenções que estão propostas mereciam ser mais bem debatidas em audiências públicas locais. O tucano também questionou os custos do projeto e criticou as possíveis desapropriações.
“Existe a previsão de desapropriar 13 mil imóveis em locais estratégicos. Isso assusta, porque me chama atenção que para executar esse projeto com as desapropriações você vai gastar o equivalente a R$ 2,6 bilhões, e para execução do plano de melhoramentos você vai gastar mais três bilhões, então, nós estamos falando de R$ 5,6 bilhões, coisa que a prefeitura não tem”, afirmou.
Além de Nomura, também se posicionaram contra o projeto do Executivo os parlamentares Andrea Matarazzo (PSD), Eduardo Tuma (PSDB), Gilson Barreto (PSDB), Mário Covas Neto (PSDB), Natalini (PV), Ricardo Young (REDE), Salomão Pereira (PSDB) e Toninho Vespoli (PSOL). Láercio Benko (PHS) se absteve. O projeto segue agora para sanção do prefeito Fernando Haddad.