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Metrô e Via Mobilidade prestam depoimento à CPI dos Fios

Por: FELIPE PALMA
DA REDAÇÃO

22 de fevereiro de 2024 - 12:41
Lucas Bassi | REDE CÂMARA SP

Nesta quinta-feira (22/2), a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Furtos de Fios e Cabos retomou os trabalhos, iniciados em abril do ano passado, recebendo representantes do Metrô e Via Mobilidade para explicar ocorrências devido ao furto de materiais necessários para a operação normal do transporte metroferroviário em São Paulo.

Logo no início da reunião, o relator da CPI, vereador Coronel Salles (PSD), afirmou que já é possível identificar o vilão da cadeia do furto e comércio ilegal de cobre na cidade. “O primeiro é o receptador, ele é o incentivador. Por vezes explora a dependência química, mas explora também a vulnerabilidade social de pessoas e lucra com a tragédia humana. E, ainda, o brasileiro que compra este produto de origem ilícita”.

Eduardo Agrella Carvalho, chefe de departamento de Segurança Pública do Metrô e Hamilton da Silva Trindade Filho, gerente-executivo de Atendimento da Via Mobilidade, depuseram ao mesmo tempo e responderam diversos questionamentos dos parlamentares. Eles abordaram as ocorrências dentro das estações e ao longo das linhas do metrô e trem, além do trabalho para conter ou reduzir os delitos que impactam na circulação dos modais.

“Temos várias espécies de cabos. Há impacto significativo quando ocorre furto ou rompimento de cabos. O que mais me preocupa são os cabos energizados pois podem interromper todo o sistema. A maior parte das pessoas que furtam estão em condições terríveis de rua, então o que elas fazem é pular muros, entrar em salas e cortar os fios e cabos”, declarou Eduardo Agrella.

Para o representante do Metrô, existe um impacto à empresa, valor desproporcional ao que os ladrões recebem pelo material. “É insignificante, porém gera um grande risco à população. “Eles recebem R$ 100 por 1 kg de cobre. Nosso ponto mais sensível é a Linha-3 Vermelha, com extensão de 13 km em área descoberta. Estamos agora com alarme de intrusão e sensores de presença. Colocamos viaturas em horário não comercial para fiscalizar, mas é um custo. O que temos melhora, mas é necessário expandir”.

“As Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda possuem 80 km, sendo 40 estações, com características de ser em superfície e, portanto, sofre bastante com o problema. Temos desde furtos nas plataformas gerando falta de iluminação na estação, até furtos de cabos dos trens. Aí a composição fica sem aterramento, indisponibilizando o trem. Além do que, furtos ao longo das vias ocasionam em uma ausência de sinalização prejudicando a comunicação e uma operação segura”, pontuou Hamilton da Silva.

Os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito ainda perguntaram sobre os mecanismos de segurança utilizados para evitar os furtos ao longo das vias. Eduardo Agrella, do departamento de Segurança Pública do Metrô, explicou que a companhia investe em sistemas de monitoramento. “Alarme de intrusão, videomonitoramento, agentes de segurança com motos ao longo da linha, além dos postos permanentes 24 horas”.

Sobre o papel do Poder Público, Hamilton da Silva Trindade Filho, respondendo pela Via Mobilidade, afirmou ser necessário haver um rigor maior na legislação. “Penalizar um pouco mais quem pratica este tipo de crime já seria uma grande contribuição, além de fiscalizar os comércios atuam com este tipo de produto”.

Já Eduardo Agrella acredita que discutir o tema na Câmara de Vereadores e propor uma lei mais específica podem beneficiar o transporte metroferroviário. “Sem atenuantes, mas com mais agravantes tornando um modelo a inibir este crime. Esperamos dos tribunais um tratamento mais rigoroso, pois geralmente os infratores são liberados em audiência de custódia”.

Ao término das oitivas, o relator da CPI destacou a necessidade de levar o relatório a Brasília para possibilitar mudanças na legislação e punir, principalmente, o receptador. Sobre os depoimentos, Coronel Salles pontuou questões que prejudicam o andamento normal do transporte público. “A população é afetada, pois quando os furtos de cabos ocorrem, o transporte tem a velocidade reduzida ou até mesmo para. Aí entra a segurança mesmo dentro das composições”.

Os vereadores Aurélio Nomura (PSDB) – presidente da CPI, além do vice-presidente, Eli Corrêa (UNIÃO) e Hélio Rodrigues (PT) marcaram presença na reunião. A íntegra da Comissão que investiga furtos de cabos e fios em São Paulo pode ser vista no vídeo abaixo:

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