Os problemas do Conselho Municipal da Juventude foram debatidos nesta terça-feira durante reunião da Comissão Extraordinária Permanente de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude, na Câmara. A discussão foi movimentada pela presença do atual presidente do Conselho, João Oshiro, e de outros militantes de movimentos sociais da juventude de São Paulo.
A principal crítica ao Conselho Municipal da Juventude feita por conselheiros presentes foi a falta de vontade política do órgão, que desde o começo impediu uma discussão produtiva de políticas públicas voltadas aos jovens da Capital.
Criado há dois anos, o Conselho teve dificuldades até mesmo em aprovar seu regimento interno, o que levou a um desgaste prematuro, disse Rogério Cruz, um dos participantes do Conselho.
Segundo Alex Piero, da Pastoral da Juventude, a existência do Conselho foi uma conquista da sociedade civil. Mas ele (Conselho) é constantemente podado em várias questões, comentou. Segundo ele, os conselheiros se sentem impotentes diante dos impedimentos criados no próprio organismo.
João Oshiro concordou que o Conselho Municipal de Juventude enfrentou recentemente problemas para a realização de Assembleias e anunciou que novos membros serão solicitados e anunciados em breve. Ele também afirmou que está aberto ao diálogo para definir um novo formato para os trabalhos.
Sobre o Conselho
Instituído em São Paulo através da Lei 14.687, o Conselho Municipal de Juventude é um órgão representativo da juventude na elaboração de políticas públicas específicas, também com função fiscalizadora das ações do governo.
De composição paritária (metade do governo, metade da sociedade civil), o Conselho possui 34 membros, divididos igualmente principalmente representantes de movimentos, associações ou organizações da Juventude e poder público, cabendo ao governo exercer sempre a presidência.
(19/04/2011 14h59)