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A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, foi recebida nesta terça-feira na Câmara Municipal de São Paulo para participar de um seminário que discutiu a aprovação da Comissão da Verdade no Congresso Nacional. O seminário reuniu diversas lideranças da área de Direitos Humanos em São Paulo e foi promovido pelo vereador Ítalo Cardoso (PT).
Pouco antes do evento, a ministra foi recebida com elogios pelos vereadores em plenário em virtude de sua luta pela localização dos restos mortais de presos políticos da época da Ditadura Militar (1964-1985). Mais cedo, Maria do Rosário participou da exumação de vários corpos de supostos presos políticos enterrados no cemitério da Vila Formosa.
Hoje o Brasil tem uma democracia muito madura, mas o grande desafio da nossa época é responder às questões que ainda não foram respondidas. É preciso dar uma resposta às famílias que esperam a localização de seus entes desaparecidos. Sem isso não podemos gozar da democracia plena, declarou a ministra. Sem nenhum clima de revanchismo, o que nós buscamos é a constituição através de aprovação no Congresso, de uma comissão da verdade e da memória. Mais de 40 países ao redor do mundo já produziram comissões de direto à verdade. Entre elas a África do Sul do pós-apartheid. É uma dívida do Estado Brasileiro com essas famílias, discursou.
Muito aplaudida pelos vereadores, a ministra recebeu apoio de várias lideranças da Casa, que manifestaram total interesse em ajudar a pressionar o Congresso Nacional pela aprovação da Comissão da Verdade.