Moradores de um terreno ocupado na Avenida Presidente Wilson, na altura do nº 2068, vieram à Câmara Municipal nesta quinta-feira para reclamar da ação violenta de policiais militares durante uma tentativa de reintegração de posse da área. Cerca de 220 famílias vivem no terreno, que é de propriedade da Prefeitura de São Paulo.
Em reunião da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania, Segurança Pública e Relações Internacionais, vereadores e moradores discutiram providências a serem tomadas para minimizar o clima de conflito.
Segundo Maria Laudelina da Silva, líder da comunidade, os policiais militares não respeitam as famílias. Eles chegaram e quiseram nos tirar à força de nossas casas. Mas ninguém disse para onde nós seríamos levados e, por isso, não deixamos que eles fizessem a desocupação, contou Maria.
Responsável pela Subprefeitura do Ipiranga, que administra a área em questão, Vitória Brasilia de Souza Lima garantiu que não sabia da ação dos policiais militares. A violência relatada é responsabilidade da Polícia Militar e é a corporação que deve responder por isso, explicou. Em relação ao local para onde essas famílias irão, também não é nossa responsabilidade, mas sim da Secretaria de Habitação, disse Vitória.
Para o vereador Juscelino Gadelha (PSB), que presidiu os trabalhos desta quinta-feira na comissão, a reunião foi importante. A comissão propôs este encontro para discutirmos as denúncias dos moradores e agora a Vitória conversará com o coronel do 46º Batalhão da Polícia Militar para verificar o que está acontecendo, explicou Gadelha. Segundo ele, o colegiado trabalhará para ajudar os moradores.
A comissão também convidou representantes da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, mas ninguém compareceu.
(24/11/2011 – 16h55)