A regularização fundiária e falta de moradias foi o tema mais destacado pelos moradores da Capela do Socorro que participaram neste sábado do programa Câmara no seu Bairro.
Um dos maiores desafios da região é regularizar áreas invadidas é assim trazer infraestrutura e desenvolvimento para a região. Os distritos de Socorro, Grajaú e Cidade Dutra estão localizadas entre as represas Billings e Guarapiranga, por isso são consideradas áreas de proteção manancial, que tem regras específicas de ocupação para a preservação do solo.
O morador do Grajaú, Benedito Silva, ressaltou a importância da regularização fundiária da região. “Aqui nós temos muitos lotes que não são regularizados e por isso não temos estrutura de asfaltamento e saneamento básico. Se regularizar esses lotes essas áreas podem melhorar, os impostos vão ser recolhidos e até diminuir as invasões”, disse.
Já representante do Movimento Moradia Anchieta, Fernando dos Santos, foi um dos que sinalizou aos vereadores a necessidade implantação de programas sociais de habitação para a região. “Estou aqui representando mais de 870 pessoas que vivem em uma ocupação. Nos informaram que existem apenas 350 vagas para futuras moradias que serão construídas. Gostaríamos de pedir aos vereadores que possam buscar aumentar o número de vagas para mais famílias participarem. Moramos em barracos, mas somos gente e precisamos de respeito”, pediu.
De acordo com o vereador, Arselino Tatto (PT) há um grande esforço do governo em trazer desenvolvimento e infraestrutura para a região e estão previstas a entrega de mais de 2 mil moradias populares para a Região do Noronha e Varginha.
“Nos últimos anos a prefeitura vem fazendo um trabalho de conscientização para evitar as invasões dessa área de proteção e tentado regularizar o que pode ser regularizado. O programa Minha Casa Minha vida estar chegando, mas a falta de moradia é um problema real. É uma luta muito grande por ser uma área de proteção, mas o governo municipal vem se empenhando”, afirmou Tatto.
Os moradores também reivindicaram a criação de uma nova subprefeitura para atender diretamente o distrito do Grajaú, o mais populoso da região. “Acho que podemos começar a pensar em uma subprefeitura para o Grajaú, assim os recursos podem ser mais bem divididos e as questões, mais agilizadas. Pedimos que os vereadores deem mais atenção para essa região” disse Alexandre Aquino, morador do Parque Grajaú.
Saúde
Com 33 equipamentos de saúde, entre UBS (Unidades Básica de Saúde), PS (Pronto Socorro), AMA (Associação Mútuo Auxílio) e um Hospital Geral do Grajaú, os moradores reclamaram da dificuldade de atendimento por conta da lotação das unidades.
“Não existe atendimento de médicos especialistas, nutricionistas, fonoaudiólogos, endocrinologistas, quando precisamos marcar uma consulta temos uma dificuldade muito grande. Além de demora para marcar ainda somos encaminhados para outras regiões distantes. Somos atendidos sempre em emergência por clínicos gerais, mas quando somos encaminhados, não conseguimos atendimento”, manifestou a dona de casa, Cristina Ferreira.
O vereador Quito Formiga (PSDB), disse que irá acompanhar a situação da saúde na região. “Recebo muitas denuncias dessa região em relação à falta de médicos e medicamentos. É uma situação muito complicada, uma calamidade publica. É muito ruim ver as pessoas doentes não sendo atendidas. Quero acompanhar de perto essas denúncia e fazer com que o governo se preocupe mais com isso.”, afirmou.
A sessão pública que foi presidida pelo vereador Antônio Donato (PT), reuniu cerca de 300 munícipes e foi acompanhada também pelos vereadores Marquito (PTB), Ricardo Nunes (PMDB), Jonas Camisa Nova (DEM), Alfredinho (PT), Reis (PT), pela senadora Marta Suplicy, pelo deputado Federal Nilton Tatto (PT) e pelo subprefeito, Antônio Dias.