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Mortes por Covid-19 caem 95% em Serrana após vacinação em massa com Coronavac

Por: KAMILA MARINHO - HOME OFFICE

31 de maio de 2021 - 15:36

O governo do Estado de São Paulo anunciou durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (31/5) os resultados do Projeto S, coordenado pelo Instituto Butantan para vacinar a população adulta de Serrana (que possui 95% dos habitantes acima de 18 anos) contra o novo coronavírus.  A pesquisa científica inédita mostrou quedas de 95% em mortes, 86% de internações e 80% em casos sintomáticos de Covid-19.

Ainda segundo a administração estadual, o estudo indicou também que, com 75% da população-alvo imunizada com as duas doses da vacina Coronavac, a pandemia foi controlada no município.

Sobre o estudo clínico

O estudo clínico de efetividade teve início em fevereiro deste ano e se estendeu até o mês de abril. A redução dos indicadores da pandemia em Serrana foi constatada com a comparação dos dados registrados antes e depois que cerca de 27 mil moradores com mais de 18 anos completaram o ciclo de imunização com duas doses da vacina do Butantan.

A pesquisa mostrou que a vacinação protege tanto os adultos imunizados quanto crianças e adolescentes que não receberam a vacina. A população total da cidade do interior de São Paulo é estimada em 45 mil pessoas. A imunização gerou uma espécie de cinturão imunológico em Serrana, reduzindo drasticamente a transmissão do coronavírus no município.

Incidência da transmissão

A incidência da Covid-19 em Serrana também despencou em comparação às cidades vizinhas. Enquanto a região apresenta alta nos casos de Covid-19, a cidade manteve taxas baixas de contágio graças à vacinação. Mesmo com cerca de 10 mil moradores que transitam por outras cidades diariamente, Serrana alcançou um cenário de controle da pandemia.

Metodologia

A 315 quilômetros da capital paulista, a cidade de Serrana foi escolhida pelo Instituto Butantan, governo do Estado e USP (Universidade de São Paulo), para o estudo sobre os efeitos da vacinação em massa na população adulta.

O método usado no ensaio clínico é chamado de implementação escalonada por conglomerados (stepped-wedge trial, na denominação em inglês). A cidade foi dividida em 25 subáreas, formando quatro grandes grupos populacionais que receberam o imunizante em semanas sucessivas. A vacina foi oferecida a todos os maiores de 18 anos elegíveis para o estudo em quatro etapas e datas distintas.

A pesquisa também concluiu que moradores dos dois últimos grupos foram beneficiados com redução na transmissão do vírus gerada pela imunização das pessoas vacinadas nas primeiras regiões. O diretor médico de pesquisa clínica do Instituto Butantan, Ricardo Palácios, disse que o escalonamento sequencial permitiu avaliar e comparar as quatro áreas vacinadas.

“Percebemos que os fenômenos observados não acontecem aleatoriamente, mas se repetem nos quatro grupos em momentos diferentes”, explicou. “O resultado mais importante foi entender que podemos controlar a pandemia mesmo sem vacinar toda a população. Quando atingida a cobertura de 70% a 75%, a queda na incidência foi percebida até no grupo que ainda não tinha completado o esquema vacinal”.

A pesquisa confirmou também o efeito indireto da vacinação, já que foi possível comprovar a proteção de populações não imunizadas, como crianças e adolescentes. “A redução de casos em pessoas que não receberam a vacina indica a queda da circulação do vírus. Isso reforça a vacinação como uma medida de saúde pública, e não somente individual”, confirmou Palácios.

Para o diretor do Butantan, Dimas Covas, o estudo de fase 4 comprovou a eficiência da vacina como estratégia de saúde coletiva. Os ensaios clínicos de fase 3, feitos entre julho e dezembro de 2020, já haviam assegurado a eficácia do imunizante, com índices que variaram de 50,7% a 62,3% para casos sintomáticos e de 83,7% a 100% para ocorrências com exigência de assistência médica.

Mais sobre o novo coronavírus

Segundo boletim mais recente sobre a pandemia do novo coronavírus publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, nesta segunda-feira (31/5), a capital paulista contabilizava 30.351 vítimas da Covid-19.

Havia, ainda, 1.156.482 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus. Desde o início da pandemia 1.447.248 pessoas haviam recebido alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde da região metropolitana de São Paulo, a atualização mais recente destaca que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados a pacientes com Covid-19 é de 78,9%.

Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo neste domingo (30/5), foi de 47%.

Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

Atuação do município 1

A partir desta segunda-feira, 31/5, com o objetivo de evitar fraudes, a Prefeitura de São Paulo passa a reter atestados e receitas médicas das pessoas com comorbidades que vão tomar a vacina contra a Covid-19. A retenção desses documentos vai funcionar por amostragem. Por meio dessas cópias, a Prefeitura pretende averiguar se os documentos são ou não verdadeiros.

A Secretaria Municipal da Saúde informou que a medida é uma sugestão do Ministério Público. Caso seja constatado que houve fraude na documentação, a pessoa poderá responder civil ou criminalmente.

Quem compra ou vende atestado médico falso está cometendo crime, informou a secretaria. O médico que emite um atestado com teor falso também comete crime e, caso isso seja constatado, pode pegar pena de prisão de até um ano.

Atuação do município 2

Também a partir desta segunda, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, as doses remanescentes da vacina contra a Covid-19 serão destinadas também às pessoas com deficiência física com 18 anos ou mais, independentemente de estarem ou não cadastradas no BPC (Benefício de Prestação Continuada). Para receber a vacina, basta procurar uma das UBSs (Unidades Básica de Saúde).

O secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, destaca que a medida foi adotada como forma de ampliar, mesmo que parcialmente, a inclusão deste público que, seguindo as diretrizes do PNI (Programa Nacional de Imunização), ainda não foi incluído de forma definitiva na campanha de vacinação.

Pessoas com comorbidades maiores de 18 anos também podem se candidatar e precisam apresentar documento de identificação (preferencialmente CPF) e comprovante de condição de risco (exames, receitas, relatório ou prescrição médica), contendo o CRM do médico. São consideradas comorbidades doenças cardiovasculares, diabetes, pneumopatias crônicas, cirrose hepática, obesidade mórbida e casos de hipertensão.

É válido lembrar que diariamente podem ou não sobrar doses em uma UBS. Contudo, somando-se a rede de postos no município que ultrapassa 500 pontos em equipamentos de saúde, duas, três ou quatro doses remanescentes fazem um montante médio entre mil e duas mil pessoas por dia.

A secretaria recomenda que as pessoas evitem aglomerações nos postos da capital e preenchendo o pré-cadastro no site Vacina Já para agilizar em até 90% o tempo de atendimento para imunização.

*Ouça a versão podcast do boletim Coronavírus

1ª edição

2ª edição

*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus

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