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Mostra fotográfica e debate abordam sofrimento animal e educação ambiental

Por: DANIEL MONTEIRO - DA REDAÇÃO

4 de junho de 2019 - 17:58

Foi aberta nesta terça-feira (04/06), no saguão do Palácio Anchieta, sede da Câmara Municipal de São Paulo, a exposição Sinta na Pele. Até 14 de junho estarão expostos 15 painéis, produzidos pelo fotógrafo Jacques Dequeker, com imagens impactantes em que artistas conhecidos posam como animais vítimas de maltrato.

Idealizada pelas ONGs Ampara Animal e Ampara Silvestre, a mostra integra a programação da Semana Mundial do Meio Ambiente e pretende chamar atenção para o tráfico, a caça e o abandono de animais. Entre as personalidades fotografadas estão Bruno Gagliasso, Giovanna Ewbank, Fernanda Paes Leme e Ellen Jabour. Todos os envolvidos apoiam a iniciativa, tendo participado do trabalho voluntariamente.

De acordo com Juliana Camargo, presidente da ONG Ampara Animal, a exposição tem como intuito conscientizar a sociedade. “A forma mais tocante de fazer com que as pessoas se coloquem no lugar é através da personificação, vivenciando a exploração animal, que muitas vezes as pessoas desconhecem e nem imaginam que acontece”, explicou Juliana.

A presidente da Ampara Animal destacou que as ações de conscientização da Sinta na Pele vão além da exposição fotográfica, tendo contribuído para mudar a forma de comunicação das ações da ONG. “Foi um trabalho de quase dois anos para a realização da campanha, que, além das fotos, tem outras peças artísticas que deixam explícitas as relações de abuso e maltrato com animais. A Ampara vinha tentando conscientizar através de bons exemplos e amor, mas, para abordar uma questão tão cruel, é difícil ser romântico. Optamos por mostrar a verdade nua e crua.”, ressaltou.

A realização da exposição na Câmara foi uma iniciativa do vereador Xexéu Tripoli (PV), que exalta o potencial transformador de ações desta natureza. “A mudança de comportamento dos humanos em relação a animais encarcerados para entretenimento é essencial para a preservação ambiental. E é importante esta exposição estar sediada na Câmara, que é a casa do povo, para que a população realmente sinta na pele essa questão”, afirmou Tripoli.

Para o presidente da Câmara Municipal, vereador Eduardo Tuma (PSDB), é papel da Casa promover e encampar debates pertinentes à sociedade. “Já levantamos outras questões relacionadas ao meio ambiente, como o uso de copos plásticos. E, hoje, a Câmara mais uma vez se abre para a discussão de assuntos e temas importantes de uma forma diferente. Essa exposição divulga nossa luta, nosso combate à exploração e confinamento dos animais. Nós acreditamos nisso, batalhamos por essa bandeira”, disse Tuma.

Comissão de Meio Ambiente

Foto: André Moura / CMSP

Após a abertura da exposição, foi realizada reunião da Comissão Extraordinária de Meio Ambiente, que sediou o debate Entretenimento sem Animal e com Tecnologia, também iniciativa do presidente da comissão, Xexéu Tripoli. O evento abordou a coibição do uso de animais enjaulados para o entretenimento humano. E discutiu a relevância dos zoológicos e aquários como ambientes para a educação da população e a proteção animal.

Participaram do debate Juliana Camargo, presidente da Ampara Animal e da Ampara Silvestre, e Marcos Didonet, diretor do Movimento Green Nation, que aborda educação ambiental com arte, ciências e tecnologia.

Também estiveram presentes à reunião da comissão os vereadores Alessandro Guedes (PT)  e Soninha (CIDADANIA23).

Em sua apresentação, Juliana Camargo apresentou projetos da Ampara Silvestre que visam oferecer condições mais adequadas para onças e grandes felinos que vivem em cativeiro. As ações, frisou Juliana, são uma alternativa ao modelo utilizado pelos zoológicos e aquários. “Ao invés de só incentivarmos o entretenimento do público, como ocorre hoje, nos espaços administrados pela Ampara focamos a formação de multiplicadores através de visitação assistida, cursos e capacitação de ecovoluntários, de forma a educar a sociedade”, enfatizou Juliana.

Já Marcos Didonet apontou o uso de tecnologias interativas, sensoriais e de imersão, por meio de realidade virtual, como alternativa à educação ambiental. “Com o auxílio da tecnologia, é possível aproximar as pessoas de um determinado ambiente, no qual a pessoa poderá interagir com o ecossistema local, mas sem impactar diretamente aquele ambiente. Você pode interagir digitalmente com os animais em seus habitats, ao invés de ir a zoológicos e aquários”, disse Didonet.

Para o vereador Tripoli, o debate trouxe importantes reflexões para a elaboração de políticas públicas voltadas ao bem-estar animal. “A tecnologia é o caminho para substituir zoológicos e aquários como ferramentas de educação ambiental. Somado a isso, é necessário pensar em formas de proteger os habitats dos animais silvestres. E, para os animais que não podem ser reinseridos na natureza, é essencial oferecer espaços dignos para o envelhecimento”, concluiu o parlamentar.

 

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