Representantes do Sindicato dos Motoristas Oficiais no Estado de São Paulo (Simoesp) que trabalham no SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) revelaram nesta quarta-feira aos vereadores da Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher que gostariam de ser alocados à Secretaria Municipal da Saúde.
De acordo com os profissionais, eles recebem menos de um salário mínimo e não têm seu trabalho valorizado. Os motoristas do SAMU devem ser reconhecidos como parte da equipe e ser classificados como profissionais da saúde, por isso, a necessidade de ser contratados pela secretaria e ter um aumento salarial, explicou o presidente da Simoesp, Marco Antônio Felipe Felipe.
O vice-presidente do colegiado, vereador Natalini (PV), apoiou a iniciativa dos motoristas. Esses profissionais estão na equipe do SAMU, trabalham na área da saúde, mas na hora de serem reconhecidos eles estão em outra área?, questionou. Segundo o parlamentar, a comissão deve pensar em ações para ajudá-los. Precisamos intermediar esse diálogo dos profissionais com a Prefeitura e isso melhorará o salário deles, adiantou.
O presidente da comissão, vereador Calvo (PMDB), disse que a manifestação dos motoristas é uma luta justa. Vamos debater na próxima reunião a situação desses profissionais e encaminhar para os órgãos competentes, adiantou.
Ainda nesta quarta-feira, após a audiência pública de projetos de leis promovida pela comissão, o médico comunitário do Grupo do Bem Estar e Felicidade Daniel Aymoré Ferreira reclamou da forma como os pacientes são atendidos nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde). Defendemos que a consulta tenha mais tempo para que o médico saiba fazer o planejamento de como cuidar dessa pessoa. Sabemos que alguns profissionais nem chegam a examinar os pacientes e esse vínculo de confiança é fundamental, declarou.
Para Calvo, a reclamação de Daniel é pertinente e o tempo para as consultas deve ser revisto. Os médicos precisam dar mais atenção aos pacientes e esse tema também voltará para os nossos debates, disse.
AUDIÊNCIA PÚBLICA
A Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher realizou nesta quarta-feira uma audiência pública para debater diversos projetos. Durante a leitura e espaço para debate das matérias, o presidente do colegiado, Calvo, destacou o Projeto de Lei (15/2011) que prevê, além da acessibilidade física aos eventos culturais, medidas como a tradução em libras (Língua Brasileira de Sinais) em espetáculos e a audiodescrição de obras, beneficiando deficientes auditivo e visual.
É uma forma de termos uma sociedade justa e humanitária, disse Calvo. Esse projeto, que passou pela primeira vez por audiência pública, é de autoria dos vereadores Floriano Pesaro (PSDB) e Marta Costa (PSD) e da atual deputada federal Mara Gabrilli.
(17/04/2013 18h23)