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A Câmara Municipal de São Paulo recebeu nesta quarta-feira a III premiação Palmas para Nossas Guerreiras, evento que homenageia anualmente 12 mulheres negras que se destacaram na luta pela emancipação da mulher, uma iniciativa da Articulação Popular e Sindical de Mulheres Negras de São Paulo (APSMNSP).
Em outubro de 2009, a APSMNSP fez o lançamento do I Prêmio Palmas e do manifesto e Carta de Princípio com os 13 pontos das lutas prioritárias, em dedicação histórica das mulheres negras à construção da cidadania.
São mulheres que lutam por seus direitos e participam dos movimentos sindicais e populares. E existe toda a questão do preconceito. Essas mulheres, além de serem guerreiras, são negras e têm que enfrentar também o preconceito, mas continuam firmes e fortes na luta pela igualdade racial, disse a vereadora Juliana Cardoso (PT).
Uma das homenageadas do evento, Maria Regina Teodoro, diretora da Contracs e do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos de Campinas e região, destaca a importância da militância política na luta pela igualdade. A gente se descobre guerreira quando vai vencendo os obstáculos que a vida nos coloca, a partir da escola, no trabalho, na sociedade que nos discrimina e nos coloca num quadro de inferioridade. Essa luta nos levou à militância sindical e política junto aos movimentos populares. Esse é o reconhecimento de tudo que presenciamos e enfrentamos, disse.
As homenageadas deste ano foram:
– Ana Semião de Lima, primeira presidenta da FENATRAD e diretora da Associação Amigos do Feconezu;
– Exalta de Camargo Dias, publicitária e componente da Velha Guarda da Escola de Samba Flor da Vila Dalila;
– Maria Aparecida Amaral da Silva, psicóloga e representante do Clube da Melhor Idade Mariama, fundado em 1993;
– Maria Conceição Moreira de Souza, Fórum de entidades negras de São José dos Campos e FECONEZU;
– Maria de Fátima Ferreira, pedagoga, professora de educação infantil e fundadora do Movimento Negro Unificado/SP;
– Maria da Graça de Jesus Xavier Vieira, coordenadora executiva da União dos Movimentos de Moradia (UMM) e da Central de Movimentos Populares (CMP);
– Maria de Lourdes do Amaral, fundadora do movimento de creches da Unicamp, membro da Coordenação de Aposentados do STU e coordenadora do FECONEZU/Campinas;
– Maria José Pereira Santos, assistente social, educadora na área da saúde, mestre em psicologia social e fundadora da Soweto Organização Negra;
– Maria Regina Teodoro, diretora da Contracts e do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos de Campinas e região e Associação Promotora Legal Popular Cida da Terra;
– Neuza Maria Marcondes, professora da Rede Estadual de Educação e ativista da S.R.C. Fala Negão e Fala Mulher;
– Sonia Barbosa, coordenadora geral da Associação de Moradores do Conjunto Presidente Paraíso/Pirituba;
– Marlene dos Santos (In Memoria)
(07/12/2011 21h30)