A reunião da Frente Parlamentar para a promoção de estudos voltados ao Controle das IST/HIV/Aids e Tuberculose desta sexta-feira (24/6) trouxe um panorama acerca das doenças abordadas pelo grupo formado na Câmara Municipal de São Paulo.
A coordenadoria do Programa Municipal de Tuberculose apresentou o cronograma realizado em São Paulo no controle da tuberculose. O plano segue os pilares nacionais de combate à doença. Raquel Russo, coordenadora do programa, entende que a tuberculose é uma doença há muito tempo negligenciada. “Por mais que ela possa contaminar as pessoas, vão contaminar as mais vulneráveis, os pobres que não tem o que comer. Devemos proteger essa população, porque ela que vai morrer mesmo quando as pessoas recebem o tratamento de maneira adequada.”
De acordo com o programa são necessárias ações para a melhoria dos diagnósticos e tratamentos adequados dentro dos serviços de saúde, além da importância de incorporar novas tecnologias e medicamentos para facilitar o tratamento da doença.
Já a divisão de Atenção Primária da coordenadoria de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde expôs que são mais de 1011 equipamentos de serviços espalhados pela cidade. “A atenção básica aborda e cadastra pessoas em situação de rua, bem como faz o acompanhamento desta população na área médica. Oferecemos testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites, além de buscarmos ativamente sintomáticos respiratórios para tuberculose”, afirmou Silvana Kamehama, da coordenadora de Atenção Primária da pasta.
Em outra apresentação, a secretaria de saúde resumiu o funcionamento da vigilância epidemiológica HIV/Aids em São Paulo. “O objetivo é monitorar casos notificados e seus fatores condicionantes e determinantes, com a finalidade de recomendar medidas de prevenção e controle avaliando, assim, o impacto de uma intervenção.” A secretaria ponderou monitorar as tendências na cidade, o perfil, riscos e vulnerabilidades da população infectada para poder aprimorar as políticas públicas de controle.
A reunião da Frente Parlamentar foi conduzida por Carolina Iara, militante de políticas públicas. Ela pediu a presença dos secretários responsáveis por pastas interligadas à demanda do grupo nos próximos encontros. “Deve haver um trabalho em conjunto entre as secretarias municipais de Saúde e de Desenvolvimento e Assistência Social. Vemos a necessidade de existir uma cooperação técnica, não só no sentido externo, de atender o público em geral, mas que os serviços tenham o mínimo de salubridade”.
Testes rápidos
Segundo Róbson Camargo, da coordenadoria de IST/Aids da Secretaria de Saúde, o Ministério da Saúde começou a encaminhar uma maior quantidade de testes rápidos para a detecção de doenças sexualmente transmissíveis. “São Paulo está em uma situação mais confortável agora, sem a falta de testes, portanto com o estoque regular”.
Encaminhamentos
A Frente Parlamentar de Controle de ISTs/HIV/Aids e Tuberculose encaminhou um pedido de reunião com a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito para tratar sobre problemas relacionados ao bilhete único especial para o portador de HIV/Aids. Outra reunião foi solicitada com a pasta municipal de Ação e Desenvolvimento Social para abordar as possibilidades e viabilidade de uma cooperação técnica com o setor de saúde da cidade.
Carolina Iara também incluiu nos encaminhamentos da reunião um pedido para atualizar novos medicamentos utilizados no tratamento do HIV ao Ministério da Saúde.
As discussões na íntegra podem ser conferidas abaixo:
Sobre a Frente Parlamentar
Criada por meio da Resolução 9/2021 e instalada em abril deste ano, a Frente Parlamentar de Controle de ISTs/HIV/Aids e Tuberculose é presidida pelo vereador Celso Giannazi (PSOL), tem a vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL), como vice-presidente, e o vereador Milton Ferreira (PODE) como secretário-geral.
Faltou um encaminha, sendo a proposta de criação de dois projetos de lei =, uma para segurança alimentar e outro para isenção tarifária para as pessoas com HIV e Tuberculose.