Luiz França / CMSP
O Plano Nacional de Juventude não contempla todas as questões fundamentais para o jovem paulistano. Essa foi a conclusão da Subcomissão de Juventude, que discutiu o tema nesta quinta-feira (29/8). Segundo o vereador Nabil Bonduki (PT), presidente do colegiado, a relação com meio ambiente e a apropriação do espaço público são lacunas do documento federal.
“São temas com especificidades, precisamos pensar em algum desdobramento”, disse Bonduki, que pretende elaborar um calendário de debates para os próximos meses, com o objetivo de chegar a diretrizes de um Plano Municipal de Juventude. “Se não der para termos tudo, pelo menos avançamentos até o fim do ano”, afirmou.
Maria Virginia de Freitas, coordenadora de juventude na ONG Ação Educativa, explicou os princípios norteadores do Estatuto Nacional. Para ela, um dos méritos da nova lei é defender políticas públicas que promovam a autonomia e emancipação dos jovens. Além disso, o estatuto defende que o desenvolvimento integral da juventude não depende apenas de educação escolar e esporte: são necessárias ações de cultura, inclusão digital, trabalho, articuladas.
Outro ponto que Maria Virginia colocou foi a mudança de visão do jovem, com direitos. Até agora as políticas para juventude eram criadas porque, sem elas, os jovens criariam problemas. Essa concepção era limitante. (Thaís Lancman)