Segundo dados mais recentes sobre a pandemia do novo coronavírus publicados pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, no último domingo (20/6), a capital paulista contabilizava 32.465 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.238.400 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Em relação ao sistema público de saúde da região metropolitana de São Paulo, a atualização mais recente destaca que, nesta segunda (21/6), a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados a pacientes com Covid-19 é de 76,3%.
Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo, no último domingo (20/6), foi de 46%.
Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
Mais sobre o novo coronavírus
Entre os dias 23 e 25 de junho – quarta e sexta-feira desta semana – as empresas ligadas à Secretaria dos Transportes Metropolitanos seguem com oito postos de vacinação, onde pessoas de todos os grupos prioritários previstos no PEI (Plano Estadual de Imunização) podem receber a 1ª dose da vacina contra a Covid-19.
Nesta semana o horário de atendimento será de quarta a sexta-feira, das 9h30 às 17h, e as empresas ligadas à secretaria atualizam diariamente as informações de funcionamento em suas redes sociais.
Para ter acesso às informações sobre os públicos que integram os grupos a serem vacinados e suas respectivas obrigatoriedades, acesse o site Vacina Já. Para agilizar o atendimento, é indicado que seja feito um pré-cadastro no mesmo site. Desde o dia 13 de maio, quando os primeiros postos foram abertos, 15.824 pessoas se vacinaram no sistema metropolitano de transportes
Além disso, quem for tomar vacina em um desses postos pode aproveitar para doar alimentos não perecíveis para a campanha Alimento Solidário. Os Transportes Metropolitanos participam da campanha, promovida pelo Fundo Social do Governo do Estado, com pontos de coleta em mais de 180 estações e terminais da CPTM, Metrô e EMTU.
As prefeituras também envolvidas no projeto vão distribuir os alimentos doados para famílias em situação de extrema vulnerabilidade. As caixas de arrecadação ficam próximas às catracas de acesso nas estações e terminais e qualquer pessoa pode ir até um destes pontos e entregar sua contribuição.
Ações e Atitudes
O Projeto S, estudo clínico realizado pelo Instituto Butantan na cidade de Serrana, já comprovou a efetividade no mundo real da Coronavac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, mas ainda pretende trazer respostas importantes para entender o controle da pandemia no Brasil.
Por pelo menos mais um ano, a pesquisa continuará fazendo a avaliação coletiva da eficácia do imunizante na população de Serrana – tanto em relação aos vacinados quanto aos não vacinados.
Dentre as respostas que serão buscadas a partir de agora, com a continuidade da pesquisa, estão saber quanto tempo dura a imunização após a segunda dose da Coronavac e se a vacinação precisará ser feita anualmente, assim como acontece com a vacina da influenza (gripe). Isso será possível ao observar a evolução dos casos positivos, internações e óbitos na cidade, comparando imunizados e não imunizados, e contrastando a situação de Serrana com cidades da microrregião de Ribeirão Preto.
Segundo os responsáveis pelo estudo, a pandemia tem um comportamento cíclico, então é necessário comparar com outros municípios para entender se os eventos são aleatórios ou se ocorreram devido à vacinação em Serrana. Os dados da pesquisa serão obtidos pelos sistemas eSUS e SIVEP, uma vez que todos os serviços de saúde notificam as informações referentes à Covid-19 nessas bases oficiais.
Neste momento, os pesquisadores sequenciam as amostras positivas de testes para verificar a ocorrência de mutações e novas cepas do novo coronavírus na região. Uma das preocupações do Projeto S, inclusive, era saber se a vacinação em toda a população adulta de Serrana induziria a novas mutações – o que não foi observado na pesquisa – e qual seria o comportamento do vírus em pessoas não vacinadas.
Os estatísticos do Instituto Butantan já estão criando modelos matemáticos com variáveis para entender como os resultados atingidos foram possíveis, em uma nova parte da pesquisa, mais analítica.
Antes da vacinação na cidade, dados da Vigilância Epidemiológica de Serrana mostraram que aproximadamente 25% dos habitantes já haviam tido contato com o novo coronavírus. Os pesquisadores esclarecem que o Projeto S responderá também se essas pessoas podem ou não ter um efeito adicional na imunidade.
Até o momento, o Projeto S trouxe respostas inéditas sobre a pandemia no Brasil. Com o estudo clínico, descobriu-se que, ao atingir uma cobertura vacinal de 75% da população adulta, é possível ter um bom controle da pandemia. De acordo com os autores do estudo, o número depende de fatores populacionais, foi possível chegar a uma referência, um ponto de partida para atingir o objetivo da imunidade coletiva – algo que não se sabia antes.
Outra descoberta do estudo foram os benefícios da imunização da população em Serrana, que foram tanto diretos quanto indiretos. Não só a população adulta que recebeu o imunizante foi protegida, como também os jovens e crianças abaixo de 18 anos e idosos com comorbidades, por exemplo, que não participaram do estudo clínico.
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