Os bairros Santana, Tucuruvi e Mandaqui desenvolveram-se no entorno das estações do trem. Localizados na zona norte de São Paulo e pertencentes à mesma subprefeitura, a região receberá no sábado (18/4) o Câmara no Seu Bairro – projeto realizado pelo legislativo para aproximar os vereadores dos cidadãos.
A população dos três distritos, de acordo com dados de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é de 324.815 pessoas. Sendo que Santana é um dos bairros mais antigos da zona norte. A história inicia-se na fazenda de Sant’ana pertencente à Companhia de Jesus e que tiveram as terras divididas em sesmarias no início do século XIX.
O terreno se estendia do Mosteiro da Luz à Serra da Cantareira. No local onde foi construída a casa-sede da fazenda está o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Exército, na rua Alfredo Pujol. O bairro rural teve um crescimento lento por conta dos alagamentos provocados pelas cheias do Tietê.
A ocupação na região se intensificou a partir de 1893, quando a Companhia Cantareira de Esgotos precisou captar água da serra para abastecer o reservatório da Consolação. No entanto, como o acesso ao local era complicado, foi necessário construir uma linha férrea – o Tramway da Cantareira. O percurso – entre a Estação da Luz, no centro, até a serra – estimulou a construção da Linha Azul do Metrô. É o bairro Tucuruvi que abriga a última estação da linha Norte/Sul do metrô.
A diversão para a população local era um ponto forte no bairro. Por ficar nas margens do Tietê, surgiram vários clubes, como o Esperia, que utilizavam o rio para esportes e recreação. A navegação também era atração para os paulistanos, que tiveram essa opção de lazer até a década de 70.
Outro fator que atraiu pessoas para o bairro foi a construção da Ponte das Bandeiras, que se tornou a principal ligação da zona norte com o centro.