Os vereadores da Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher da Câmara Municipal de São Paulo realizaram na tarde desta quarta-feira (22/7), a 8ª reunião ordinária virtual de 2020. Os trabalhos foram conduzidos pelo vice-presidente do colegiado, vereador André Santos (REPUBLICANOS).
Os parlamentares repercutiram a situação do Hospital Sorocabana, situado na região da Lapa, com a participação de representantes da Secretaria Municipal da Saúde, Conselho Municipal da Saúde, Procuradoria do Estado e movimentos sociais da região.
Solicitação de diligências
Em requerimento, a vereadora Juliana Cardoso (PT) havia solicitado uma visita da Comissão ao Hospital que inaugurou novos leitos para receber pacientes que contraíram a Covid-19. Outros cinco andares do prédio precisam de melhorias e passam por reforma. Por segurança, a vistoria não foi autorizada pelo Executivo e ficou acordada a reunião para esclarecimentos sobre a situação atual.
De acordo com a requerente, a diligência técnica para vistoriar a reforma é de fundamental importância. “Eu acho que isso vai ser um bem, que nós vereadores, vamos fazer para aquela região. A população merece um hospital com atendimento gratuito e 100% SUS (Sistema Único de Saúde)”, comentou Juliana.
O Conselho Municipal de Saúde também foi impedido de visitar o local, como afirmou Rubens Alves, representante da instituição. “Nós temos encontrado uma série de dificuldades de informação e de condução para que sejam realizadas essas vistorias”, observou.
Obras no Sorocabana
Representando a Secretaria Municipal de Saúde, o superintendente do Hospital do Servidor, Luiz Carlos Zamarco, salientou que o prédio foi desativado em 2010 e entregue à administração estadual desde então. A Prefeitura começou atuar, realizando obras, por causa do novo cenário, resultante da pandemia de Covid-19.
“Agora, com a pandemia, a gente estava aproveitando esse espaço para fazer uma reforma. Foram previstos, inicialmente, 60 leitos, sendo sete para UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 53 leitos para enfermaria. Porém, com as obras, só vão caber 57 leitos no total,” explicou.
Posicionamento da Procuradoria Geral do Estado
O impasse da administração do Hospital está sendo acompanhada de perto pela Procuradoria Geral há uma década. “O Estado de São Paulo em 1955 fez a doação dessa área para a Associação dos Ferroviários com a responsabilidade de cumprimento de encargos. Em 2010, percebemos várias instalações desativadas e que os encargos não estavam sendo pagos. E, em 2011, o local foi fechado por causa de fiscalizações sanitárias,” comentou Angélica Veloso, Procuradora Geral de São Paulo.
Para o vereador Celso Giannazi (PSOL), a reabertura, depois de dez anos de impasses, é urgente. “Por isso, a Comissão está nessa luta junto aos movimentos sociais em defesa do Hospital Sorocabana.”
Acompanhando a situação desde o fechamento do local, o vereador Gilberto Natalini (PV) comentou que a negociação entre os governos do Estado e município é muito difícil e é primordial que a população do entorno tenha atendimento de saúde de qualidade.
“Estou na luta pela reabertura total do Sorocabana, 100% SUS, junto com a comunidade, desde o seu fechamento. É uma luta dura, mas estou convicto que vamos conseguir”.
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