Nesta terça-feira (1/6), a OMS (Organização Mundial da Saúde) validou a Coronavac, vacina contra a Covid-19, para uso emergencial. A medida possibilita aos países, financiadores, agências de compra e comunidades a garantia de que o imunizante atende aos padrões internacionais de segurança, eficácia e fabricação. A vacina é produzida pela empresa farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan.
A Lista de Uso Emergencial da OMS é um pré-requisito para o fornecimento da vacina pelo mecanismo COVAX e compras internacionais. Também permite que os países agilizem sua própria aprovação regulatória para importar e administrar vacinas contra a Covid-19.
A Lista de Uso Emergencial avalia a qualidade, segurança e eficácia das vacinas contra a Covid-19, bem como planos de gestão de risco e adequação programática, como requisitos de rede de frio. A análise é realizada pelo grupo de avaliação do produto, composto por especialistas em regulação de todo o mundo, e um Grupo Consultivo Técnico, encarregado de realizar a avaliação de risco-benefício para uma recomendação independente sobre se uma vacina pode ser listada para uso emergencial e, em caso afirmativo, em quais condições.
No caso da vacina Sinovac-Coronavac, que no Brasil é produzida pelo Instituto Butantan, a avaliação da OMS incluiu inspeções no local das instalações de produção. O produto é uma vacina inativada. Seus requisitos de armazenamento fácil o tornam muito gerenciável e particularmente adequado para configurações de poucos recursos.
Os resultados da eficácia mostraram que a vacina preveniu doenças sintomáticas em 51% dos vacinados e preveniu Covid-19 grave e hospitalização em 100% da população estudada.
Lista de uso emergencial da OMS
O procedimento da lista de uso emergencial avalia a adequação de novos produtos de saúde durante emergências de saúde pública. O objetivo é disponibilizar medicamentos, vacinas e diagnósticos o mais rápido possível para atender à emergência, respeitando critérios rigorosos de segurança, eficácia e qualidade. A avaliação pesa a ameaça representada pela emergência, bem como o benefício que resultaria do uso do produto contra quaisquer riscos potenciais.
O caminho da lista envolve uma avaliação rigorosa dos dados dos ensaios clínicos de fase 2 e fase3, bem como dados adicionais substanciais sobre segurança, eficácia, qualidade e um plano de gerenciamento de risco com foco nas necessidades dos países de baixa e média renda. Esses dados são revisados por especialistas independentes e equipes da OMS que consideram o corpo atual de evidências sobre a vacina em consideração, os planos para monitorar seu uso e os planos para estudos adicionais.
Como parte do processo, a empresa que produz uma vacina deve se comprometer a continuar gerando dados para permitir o licenciamento completo e a pré-qualificação da vacina pela OMS. O processo de pré-qualificação da Organização avaliará dados clínicos adicionais gerados a partir de testes de vacinas e implantação em uma base contínua para garantir que o imunizante atenda às normas de qualidade, segurança e eficácia para uma disponibilidade mais ampla.
Mais sobre no novo coronavírus 1
Segundo boletim mais recente sobre a pandemia do novo coronavírus publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, nesta terça-feira (1/6), a capital paulista contabilizava 30.681 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.161.780 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus. Desde o início da pandemia 1.447.422 pessoas haviam recebido alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Em relação ao sistema público de saúde da região metropolitana de São Paulo, a atualização mais recente destaca que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados a pacientes com Covid-19 é de 78,9%.
Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo nesta segunda-feira (31/5), foi de 39%.
Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
Mais sobre o novo coronavírus 2
A partir desta quarta-feira (2/6), a vacinação contra Covid-19 no Estado de São Paulo será ampliada para pessoas com comorbidades e deficiências permanentes com idade entre 30 a 39 anos. Este público totaliza 1,2 milhão de pessoas que possuem doenças crônicas e deficientes contemplados com o BPC (Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social).
Ao comparecer ao posto de saúde, qualquer pessoa com comorbidades e que faz parte das faixas etárias já anunciadas deve apresentar comprovante da condição de risco por meio de exames, receitas, relatório ou prescrição médica, além do comprovante de endereço. Os cadastros previamente existentes em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) também podem ser utilizados. Já as pessoas com deficiência permanente precisam apresentar o comprovante do recebimento do BPC.
O objetivo da medida é identificar possíveis fraudes no processo de vacinação dos grupos com comorbidades. Na última semana, a Secretaria de Estado da Saúde enviou para a avaliação do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) uma lista dos 100 profissionais médicos que mais emitiram laudos, exames e receitas médicas para a vacinação de pessoas que fazem parte dos grupos elegíveis.
O levantamento faz parte de uma auditoria interna e do sistema de monitoramento de cadastro das pessoas que tomaram a vacina da pasta estadual.
O sistema Vacivida do Governo de SP permite que as unidades de saúde insiram o CRM do médico responsável pela emissão do laudo, receita médica ou atestado para validação da comorbidade. A medida é mais uma alternativa que visa frear tentativas de fraudes ou emissão de laudos indiscriminados, bem como apurar situações atípicas que possam acontecer neste período.
O Cremesp também forneceu para a Secretaria de Estado da Saúde a lista de todos os CRMs ativos e inativos do Estado. A medida vai permitir um aprimoramento da ferramenta Vacivida, que emitirá alertas para as unidades básicas de saúde com relação aos CRMs inválidos.
Atuação do município 1
Na capital paulista começou hoje a vacinação contra Covid-19 para aeronautas e aeroportuários do Aeroporto de Congonhas. A imunização dos dois novos grupos será realizada somente nas 468 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do município.
Para comprovação da elegibilidade, os aeroportuários (funcionários do aeroporto e dos serviços auxiliares ao transporte aéreo) do Aeroporto de Congonhas devem apresentar um documento de identificação, preferencialmente CPF, além do credenciamento aeroportuário do local de trabalho, contendo o código CGH.
Já os aeronautas (funcionários das companhias aéreas nacionais) devem levar um documento de identificação junto de um comprovante de vínculo empregatício, como crachá, holerite, carteira ou contrato de trabalho em companhia aérea nacional.
Todos devem apresentar um comprovante de endereço do município de São Paulo. O novo requisito, que entrou em vigor na sexta-feira (28/5), busca garantir a destinação das doses aos moradores da capital e deve ser apresentado para receber a primeira dose do imunizante. Caso o comprovante esteja no nome de algum parente, haverá a necessidade de demonstrar o grau de parentesco.
Para mais informações e orientações sobre a campanha de vacinação, acesse a página Vacina Sampa.
Atuação do município 2
Também a partir desta terça, o Aeroporto de Congonhas passou a contar com um ônibus laboratório para identificar mais rapidamente casos de Covid-19 entre as pessoas que desembarcam na cidade de São Paulo. Todos os passageiros sintomáticos serão direcionados para a realização do teste RT-PCR no próprio terminal, diariamente, das 6h às 23h.
A iniciativa agiliza a realização do exame, evita o deslocamento dos sintomáticos, e contribui com o isolamento social o mais breve possível. Para viajantes que não possuam condições financeiras, estão reservados 60 quartos no hotel na região do Anhembi, para que o isolamento seja feito de maneira adequada.
Caso seja identificado algum caso com a variante indiana da Covid-19, o paciente será encaminhado para o Hospital Geral Guaianazes para o devido tratamento. A unidade, que pertence ao Estado, conta com 20 leitos de enfermaria e 10 leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).
*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus
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