Na reunião desta terça-feira (16/03), a Subcomissão da Operação Urbana Água Branca recebeu o superintendente de controle financeiro da Empresa Municipal de Urbanização (EMURB), Marcos Lodeiro Martins, e da diretora administrativo-financeira da empresa, Carolina Moretti Fonseca.
O vereador Aurélio Miguel (PR) ficou intrigado com o fato de 128 mil UFIRS pagos pelo Colégio das Américas para investimentos na operação não constarem das planilhas da EMURB. Os vereadores também estranharam o fato de a mesma coisa ter ocorrido com os R$ 18 milhões pagos como contrapartida pelo Centro Empresarial Água Branca.
“Esse dinheiro está solto em algum lugar. O termo de quitação está assinado pelo então presidente em exercício da EMURB. O Município não pode usar esse dinheiro que não seja para a Operação”, declarou Aurélio.
Os depoentes disseram que a EMURB desconhece esses depósitos derivados dos empreendimentos citados e que acreditam que o montante foi depositado em fundo municipal específico. Aurélio Miguel também questionou o fato de a empresa ter em caixa 75 milhões e não desembolsar esse saldo para melhorias na região, como piscinões e habitações de interesse social. “O dinheiro não deveria estar aplicado, deveria ser utilizado o mais rápido possível. Nós estamos vendo diversas enchentes na região”, complementa.
Os vereadores também querem levantar os resultados das auditorias feitas pela empresa Price Waterhouse na evolução contábil da EMURB nos últimos anos. A Subcomissão deve requerer os extratos das duas contas da EMURB no Banco do Brasil.
“A gente fica muito triste porque você pergunta para profissionais muito bem remunerados e eles não dão explicação”, lastimou o vereador Adilson Amadeu (PTB).
Estiveram presentes à reunião da Subcomissão os vereadores Aurélio, presidente; Amadeu e Gilson Barreto (PSDB).