O secretário municipal de Habitação, Ricardo Pereira Leite, informou nesta sexta-feira que pelo menos 9 mil moradias populares serão construídas em São Paulo com recursos provenientes das Operações Urbanas. O representante do Executivo participou de audiência pública promovida pela Câmara Municipal para discutir o Orçamento de 2012.
As Operações Urbanas são intervenções urbanísticas promovidas em determinadas áreas da cidade e financiadas pela venda de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) instrumentos que permitem o direito de construir acima do limite de ocupação e uso do solo previsto na lei de zoneamento para a região à qual se refere. É o dinheiro arrecadado com a venda dos Cepacs que financia a construção de Habitações de Interesse Social (HIS).
Segundo Ricardo Pereira Leite, cerca de 140 residências devem ser entregues ainda em 2011 no Real Parque (Zona Sul). Elas foram erguidas com recursos da Operação Urbana Faria Lima e serão as primeiras moradias das 1.100 unidades prometidas para a região.
Ainda de acordo com o secretário, parte do dinheiro da Operação Água Espraiada financiará outras 8.000 Habitações de interesse social na própria região da intervenção urbanística.
Em relação às outras Operações Urbanas, Leite explicou que todos os projetos já estão com seus recursos contemplados para moradias populares. Queremos que as pessoas morem próximas de seus trabalhos e tenham infraestrutura, como transporte, afirmou.
Para o relator do Orçamento na Câmara Municipal, vereador Milton Leite (DEM), essas moradias servem de exemplo para outras cidades. É necessário dar habitações em condições boas, e seria ótimo que todas fossem do nível do Real Parque.
A situação das 1.132 famílias que moram em áreas de risco em São Paulo também foi discutida durante a audiência pública. Removemos as pessoas que estavam nestes locais e elas estão agora em um programa social até que as moradias populares estejam prontas, explicou Ricardo Pereira Leite.
Para realizar todas as ações da secretaria de Habitação, o Legislativo estuda um orçamento de cerca de R$ 2 bilhões para o próximo ano. No entanto, Milton Leite acredita que ainda seja necessário um complemento de R$ 300 milhões para que todos os projetos sejam concretizados em 2012.
(25/11/2011 – 13h20)