VEREADOR RICARDO TEIXEIRA (DEM)
Recentemente eu apresentei o Projeto de Lei 149/2018, que dispõe sobre a preferência de idosos, mulheres grávidas ou com criança de colo e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida sobre todos os assentos dos ônibus.
Eu recebi muitas críticas dizendo que os “idosos não trabalham e vão ao shopping”; “gravidez não é doença”; “deficiente tinha de ficar em casa”; e por esses motivos deveria retirar o projeto da pauta.
Desde criança fui educado que devemos ceder nosso lugar no transporte coletivo para aqueles que mais precisam. Porém, o que vemos são jovens “dormindo” no assento reservado e os preferenciais em pé.
Compreendemos que hoje os idosos e os deficientes são ativos: saem e trabalham; e as mulheres grávidas são fortes e aguentam todas as pressões do mercado de trabalho durante os nove meses.
No entanto, não podemos nos esquecer dos seres humanos.
Ao nos colocarmos no lugar do outro, a chamada empatia, percebemos as suas necessidades. Um jovem de 20 anos tem mais vigor físico do que um senhor de 60 anos; uma pessoa com os membros perfeitos tem mais equilíbrio do que uma com deficiência física; e convenhamos, carregar um saco de arroz se mexendo o tempo todo, com as variações hormonais, é bem complicado…
Por isso, defendo que, até criarmos a consciência coletiva de empatia, todos os assentos têm de ser preferenciais. Enquanto não existir a educação, deve perdurar a obrigação.