Vereador Gilberto Nascimento (PSC)
Pesquisa feita pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) sobre violência em escolas, com mais de 100 mil professores, alçou o Brasil a um triste primeiro lugar no ranking de agressões contra docentes.
Pesquisa do sindicato da categoria só confirmou: mais da metade dos professores da rede estadual afirma já ter sofrido algum tipo de agressão, sendo a mais comum agressão verbal (44%), seguida por discriminação (9%), bullying (8%), furto/roubo (6%) e agressão física (5%). E não precisamos de pesquisa para atestar que as instalações de nossas escolas municipais estão em péssimas condições.
Essa realidade não poderia gerar um ambiente escolar mais inseguro e desviado da sua missão.
Claro que seria leviano apontar um único responsável por este desgoverno. Infelizmente, todos, seja sociedade, governo ou família, contribuíram de alguma forma para esta degradação. Nem por isso podemos ficar de braços cruzados.
No último mês de junho, protocolamos o PL (Projeto de Lei) 377/2019, que responsabiliza os pais por danos causados às escolas ou aos professores por seus filhos. As escolas municipais são bens públicos, são da coletividade e não podem ser persistentemente vandalizadas por uma minoria em prejuízo da maioria. Os professores são profissionais da mais alta importância no desenvolvimento social e pessoal. E precisam ser respeitados, protegidos e estimulados para que não desistam de sua missão.
Eu estudei em escola militar e posso atestar que a disciplina, o respeito às autoridades, o respeito aos professores e a forte cobrança em relação aos estudos me ajudaram muito na vida. Mas minha luta hoje – e um grande sonho – é que as escolas municipais de São Paulo ocupem um honroso primeiro lugar no respeito e na valorização dos professores, qualidade do ensino e ambiente seguro e acolhedor.