Com a realização da Conferência Livre Para Dados Abertos, os ativistas da transparência e do controle social na cidade de São Paulo buscaram popularizar um tema normalmente restrito à Tecnologia da Informação. Para um dos organizadores do evento, Vagner Diniz, da W3C Brasil, mais do que um instrumento, trata-se de uma maneira mais automática de comparar dados entre governos, logo, uma questão política.
Diniz explicou o teor técnico do assunto “Dados Abertos”. “Falamos aqui do formato do dado, que tem que ser computadorizável, ou seja, tem que se apresentar de tal forma que outro computador possa ler e retrabalhar da maneira que o interessado quiser”, esclareceu. Como exemplo, Vagner citou as planilhas de gastos. Se eu tiver que olhar cada uma para ver se preços estão compatíveis, eu teria que digitar tudo para fazer a comparação com o meu programa. Na medida que está em formato aberto, basta ir nos dois sites e comparar as compras que foram feitas, disse.
O organizador da conferência ainda explicou que, tão importantes quanto os dados, são as informações que os explicam, chamadas Metadados. Isso permite que eu possa comparar itens iguais especificados de maneiras diferentes em duas planilhas.
Para Diniz, o tema é difícil de ser traduzido na Conferência Nacional de Transparência e Controle Social (Consocial), uma vez que disputa espaço com outros debates no formato em que são organizadas as propostas. Pelo jeito que estão configurados os eixos temáticos, os Dados Abertos têm mais a cara do eixo I, mas perpassa por todos, disse. E estando em todos, corre o risco de não estar em nenhum.
(3/4/2012 – 15h15)