KÁTIA KAZEDANI
Reajuste salarial, plano de carreira e melhorias nas condições de trabalho são reivindicações antigas dos profissionais da educação, e que podem ser resolvidos por meio das metas previstas no Plano Municipal de Educação (PME).
De acordo com a proposta, haverá valorização do profissional do magistério público da educação básica. O objetivo é aproximar gradativamente seu rendimento médio até a equiparação aos demais profissionais dos quadros com escolaridade equivalente. Também deve ser assegurada aos professores a oportunidade de frequentar cursos de formação continuada de graduação e pós-graduação, implementar política de melhoria das condições de trabalho e instituir mecanismos de melhoria da remuneração dos profissionais.
Essas propostas, de acordo com Regina Estima, gerente de projetos do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), são fundamentais para estimular pessoas a tornarem-se professores no futuro. Não existe nenhum atrativo para que a pessoa escolha dar aulas, a não ser no sistema privado ou nas universidades. Temos uma grande defasagem, a carreira do docente não é competitiva e não tem valorização nenhuma. Por outro lado, existe uma demanda da sociedade por uma educação de qualidade, afirmou.
Dados de uma pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas revelaram que apenas 2% dos estudantes do Ensino Médio têm como primeira opção profissões relacionadas à docência, como pedagogia ou algum tipo de licenciatura. O grande desafio do sistema público é saber como valorizar e atrair os docentes. As propostas do Plano Municipal de Educação são importantes e podem ajudar nesse sentido, no entanto, a situação só poderá ser revertida a médio prazo, disse Regina.
(15/08/2014 – 12h47)