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Outubro Rosa: informação é arma importante na luta contra o câncer de mama

Por: IARA SILVA - HOME OFFICE

1 de outubro de 2021 - 12:04

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Criado nos Estados Unidos pela Fundação Susan G. Komen for the Cure em 1990, o Outubro Rosa ganhou fama mundial ao longo dos anos, se consolidando como um dos maiores movimentos de conscientização para o controle do câncer de mama. Anualmente celebrada, a campanha tem por objetivo reduzir a mortalidade deste tipo de câncer, por meio do compartilhamento de informações e a promoção de serviços de diagnóstico e de tratamento.

Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), estima-se que 66.280 mulheres serão afetadas por este tipo de câncer em 2021 no Brasil, sendo o câncer de mama o segundo mais incidente entre as mulheres.

Os números são altos, mas outro dado tem preocupado especialistas recentemente: tem crescido o número de casos de câncer de mama em mulheres mais jovens. O câncer de mama não é comum em mulheres com menos de 40 anos, porém, segundo um estudo feito no País por pesquisadores brasileiros e internacionais, ele pode ser mais ainda perigoso do que em mulheres com mais idade. Ao todo, a pesquisa mapeou 2.888 pacientes com diagnóstico confirmado em 22 cidades, no período de janeiro de 2016 a março de 2018. Dessas 2.888 mulheres, 486 (17%) tinham 40 anos de idade ou menos. Os pesquisadores identificaram neste grupo subtipos do câncer de mama mais agressivos e em estágio avançado quando comparadas às mulheres mais velhas. 36,8% estavam no estágio III da doença, considerado localmente avançado. Quando falamos de mastectomia, que é a retirada cirúrgica de toda a mama, mulheres mais jovens foram submetidas a este procedimento com mais frequência do que as mais velhas.

Uma das possíveis explicações pode ser o diagnóstico tardio da doença, já que as mulheres mais jovens se preocupam menos com essa doença. Quando descoberto no início, um em cada três casos de câncer pode ser curado, mas de acordo com o INCA o medo, a desinformação e até mesmo a falta de acesso, acabam, muitas vezes, atrasando o diagnóstico. “Embora seja um tema difícil de tratar, falar abertamente sobre o câncer pode ajudar a esclarecer mitos e verdades e, com isso, aumentar o conhecimento e diminuir o temor associado à doença”, diz uma das cartilhas elaboradas pelo instituto para o Outubro Rosa.

Sinais

O instituto indica ainda alguns dos sinais de atenção:

• Caroço (nódulo) endurecido, fixo e geralmente indolor;

• Alterações no bico do peito (mamilo);

• Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;

• Saída espontânea de líquido de um dos mamilos;

• Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja.

O INCA lembra ainda que qualquer caroço na mama em mulheres com mais de 50 anos deve ser investigado. Já em mulheres mais jovens, qualquer caroço deve ser investigado se persistir por mais de um ciclo menstrual.

Homens

Embora seja muito menos comum, o câncer de mama também pode afetar homens. Segundo o Inca, eles são 1% dos casos. Os tratamentos podem ser parecidos com os seguidos para mulheres, mas dependem do estágio, tipo e outras variáveis detectadas no diagnóstico.

Tratamento

Atendimentos tanto de diagnóstico quanto de tratamento para câncer de mama são oferecidos de forma gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde), que fornece também os medicamentos adequados. Desde 2012, a Lei federal 12.732 garante também que todo o tratamento seja iniciado em no máximo 60 dias após o diagnóstico.

Na cidade de São Paulo, o tratamento é realizado por meio da Rede Hebe Camargo, que conta com unidades em todo o Estado. Clique aqui para saber mais.

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