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Um comentário

Maria Aparecida

O Padre Eugênio pode ser chamado o pai de todos pois acolhe a todos com tanto amor com tanto carinho e salva vidas que nunca mais se esquecem dele

Contribuições encerradas.

Padre da zona sul recebe Título de Cidadão Paulistano

Por: - DA REDAÇÃO

4 de dezembro de 2017 - 22:05

André Bueno/CMSP

Padre Eugênio recebe o Título de Cidadão Paulistano do vereador Paulo Frange

Eugenio Pirovano La Barbera nasceu na Itália, em 1949. Aos 18 anos, tinha uma vida normal para qualquer jovem da época: viajou, prestou o serviço militar e ficou noivo.

No entanto, a apenas seis meses do casamento, sofreu a perda da mãe, vítima de leucemia. E foi o luto e a fé da então futura esposa que mudaram sua vida para sempre. Durante uma missa, ao lado da noiva, ele foi “chamado ao sacerdócio”. A partir dali, ambos imediatamente decidiram seguir a vida eclesiástica.

Após ser ordenado, veio ao Brasil para realizar uma missão. O padre desembarcou em São Paulo no aniversário da cidade, em 25 de janeiro de 1979. O religioso ainda não sabia, mas a capital paulista se tornaria definitivamente a sua casa. Tempo depois até chegou a voltar à Roma para concluir os estudos, mas logo em seguida retornou.

Nomeado pelo arcebispo Dom Paulo Evaristo Arns como diretor da RCC (Renovação Carismática Católica), passou a celebrar, semanalmente, a Santa Missa na Catedral da Sé.

Hoje, é conhecido como um dos principais nomes da chamada ‘missa de cura’, e fundador da Fraternidade Monástica dos Discípulos de Jesus para a Glória de Deus Pai, no Jardim Myrna, região de Parelheiros, na zona sul da cidade.

Após quase 40 anos de sacerdócio, 30 deles em São Paulo, o padre Eugenio Maria La Barbera recebeu, no Salão Nobre da Câmara Municipal, o Título de Cidadão Paulistano. Na Sessão Solene, realizada nesta segunda-feira (4/12), o sacerdote relembrou alguns dos momentos mais marcantes das três décadas dedicadas aos mais necessitados.

“Trabalhei em várias paróquias. E a coisa mais importante para mim foi a experiência que tive na favela do ‘Buraco Quente’, que não existe mais. Era a maior de São Paulo e fundamos lá uma creche com 450 crianças. Tínhamos uma ‘vaca mecânica’ para a produção manteiga e leite de soja, sobretudo para os bebês, que não tinham comida. Foi uma experiência maravilhosa”.

O padre Eugênio fez questão de ressaltar que a sua missão sempre foi a de estar próximo às pessoas mais carentes.

“Trabalhei na Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, em Pedreira. E lá construímos estruturas esportivas para os jovens. Foi uma experiência maravilhosa com aquele povo. Aliás, o povo brasileiro, em particular o paulistano, que é o que mais conheço, é muito acolhedor. E nós, como monges, continuamos com esse intuito de ajudar as pessoas tanto pelo lado espiritual como pelo social”.

O padre Jean Franco, italiano de Milão, que integra o Pime (Pontifício Instituto das Missões Exteriores), descreveu um pouco da personalidade do mais novo cidadão paulistano.

“A característica dele é a calma, juntamente com o coração. É um homem que compreende o que está acontecendo na vida, e que tem uma profunda espiritualidade. As comunidades religiosas que ele fundou aqui em São Paulo são um sinal disso”.

Outro amigo da Itália, Gianne Bonnel, também não deixou de elogiar o perfil pessoal de Barbera.

“Eu o conheci em Jerusalém em 1988. E a coisa que mais me impressionou foi a sua imensa cultura e forte personalidade e fé. Além de tudo, ainda é uma pessoa de grande humildade”, disse.

Já o padre Serafim Maria de Sarob, destacou o seu lado severo, mas ao mesmo tempo paternal. “Ele é exigente, quer as cosias certas. Mas na realidade o que ele busca é a educação. É uma forma de fazer com que a pessoa se eleve para se tornar alguém melhor. Ele age como um pai para todos, especialmente quando alguém necessita, independentemente da religião. Ele não procura converter a pessoa, mas sim amá-la e ajudá-la”.

A irmã Edite Maria conheceu o Mosteiro do Padre Eugênio em 1998, quando já estava aposentada. Ela expressa gratidão ao mencionar o amigo e mentor.

“Ele é um padre que nos ensina muito. Quando eu o conheci, comecei um trabalho voluntário e tive muito apoio para seguir na missão. Tudo que eu sei hoje sobre Igreja e as pessoas foi ele que me ensinou”.

O relato de Edite é muito parecido com o da irmã Gemma Maria Galgani. “Ele tem uma ‘paternidade’ muito grande. E hoje eu vejo, morando no Mosteiro, que a forma dele nos ensinar, pelo método Dom Bosco, e nos guiar, é extremamente positiva e eficaz”.

O militar Angelo Madeira Neto não seguiu o caminho eclesiástico. Foi coroinha na infância, nos anos 1990. Mas para ele, o padre Eugênio foi e continua sendo um verdadeiro exemplo de vida.

“É um sacerdote muito querido por todos. Acompanhei de perto muita coisa que ele fez na comunidade de Santo Amaro. Lá ele construiu uma nova paróquia e realizou diversos trabalhos sociais e humanitários”.

A iniciativa da entrega do Título de Cidadão Paulistano ao padre Eugenio Maria La Barbera foi do vereador Paulo Frange (PTB).

“Ele tem qualidades excepcionais. Tem formação no padrão europeu, de nível eclesiástico muito elevado. Ocupou espaços de relevância na Igreja. Conduziu a renovação carismática e a fundação do Mosteiro na região de Paralheiros. Seu trabalho é reconhecido por toda a comunidade, incluindo a missa dos enfermos, ou da cura, que passou a ser conhecida em todo o país. Quando o conheci, não tive dúvidas de que deveríamos reconhecê-lo como um paulistano legítimo por adoção. É sempre importante o reconhecimento em vida de pessoas excepcionais como o padre Eugênio”.

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