Em reunião de trabalho nesta quarta-feira, a Comissão de Meio Ambiente debateu a poluição do ar em São Paulo e seus impactos na saúde dos cidadãos. Flávio Vormittag, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), e Luís Cortez, do Metrô, acreditam que o transporte subterrâneo é sustentável e que, entre outras vantagens, pode garantir aos paulistanos um contato menor com gases nocivos.
“A exposição à poluição é um grande problema do qual nos esquecemos. Por estar debaixo da terra, o metrô deixa as pessoas menos expostas”, explicou Vormittag. Para ele, a necessidade de diminuir o número de carros em circulação na cidade é indiscutível, ao mesmo tempo em que é preciso incentivar o uso do transporte público e combater o grande número de veículos irregulares que não passam pela inspeção de controle da emissão de poluentes.
“O metrô é um grande fator de combate à poluição”, acrescentou Vormittag. Luís Cortez concordou, e apresentou dados do Relatório de Administração 2010 do Metrô que justificam sua posição. Segundo a companhia, sua emissão de gases causadores do efeito estufa por passageiro é 27,5 vezes menor do que para automóveis, e 12,5 vezes menor para ônibus.
Segundo Cortez, o metrô evitou a emissão de mais de 800 mil toneladas de gases de efeito estufa e poluentes locais, e com ele o poder público deixa de gastar quase R$ 1 bilhão por ano em combustíveis fósseis. “Quando dizem que o metrô é caro, a gente tem que olhar a conta completa, pois às vezes a solução barata não é eficiente”, conclui Cortez.
(17/08/2011 – 12h20)