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As subprefeituras Sé e Mooca foram o tema da audiência pública de Orçamento e Plano Plurianual nesta terça-feira, realizada na Câmara Municipal. O debate fez parte das atividades da Comissão de Finanças e Orçamento.
Artur Monteiro, da organização Viva o Centro, apontou que embora a Prefeitura fale de R$1,5 bilhão investidos na região central até 2017, isso não aponta investimentos em infraestrutura. “Todo o dinheiro é destinado a fórum, museus, quando vamos falar de outras coisas não tem verba”, argumentou. Para ele, o PPA é contraditório ao prever mais de duas mil moradias, nenhum CEU nem EMEIs. “Engana-se quem acha que o Centro é bem estruturado. Cinco ações englobam 53% da verba”, resumiu.
Gilberto Hashimoto, da Consultoria Técnica de Economia e Orçamento, indicou alguns projetos que a Prefeitura estabeleceu para a região central da cidade no Plano Plurianual. Entre eles, estão um parque de esportes radicais orçado em R$ 27 milhões e R$ 49 milhões para a Biblioteca Mário de Andrade. Na saúde, estão previstas 5 UPAs e AMAs e a reforma do hospital infantil Menino Jesus.
Dora Lima, moradora do Centro, propôs um plano de desenvolvimento sustentável. “Não adianta tratar tudo separado, precisamos cuidar de tudo junto, com coordenadorias dentro da subprefeitura”, defendeu, sugerindo que os cerca de R$ 200 milhões indicados para obras de drenagem no Vale do Anhangabaú sejam destinados para a execução do plano. Outros moradores disseram que a obra é ultrapassada e desnecessária.
Paulo Fiorilo (PT), vereador e relator do projeto do Orçamento, pontuou que a apresentação regionalizada da peça orçamentária foi um acerto. A discussão que aconteceu aqui só foi possível porque houve a regionalização, afirmou. A discussão do Programa de Metas construiu e detalhou a proposta orçamentária, se aquilo que foi levantado não é aquilo que vocês acham que é prioridade, vamos discutir, completou.
Mooca
O subprefeito da Mooca, Francisco Carlos Ricardo, disse que as grandes intervenções na área que administra são os CEUs, Tatuapé e Mooca. Ao todo, a região deve receber R$1,4 bilhão até 2017. Sobre o montante, Ricardo falou: “Evidentemente o gestor público sempre vai pedir mais orçamento, mas também é dever procurar outras formas de satisfazer as necessidades da população”.
(05/11/2013 21h14)