Comissão deve apresentar uma emenda ao Orçamento de 2011 |
A Comissão Extraordinária de Direitos Humanos, Cidadania, Segurança Pública e Relações Internacional da Câmara discutiu, nesta quinta-feira (02/12), a prevenção de atos de homofobia na capital paulista. Diversos movimentos sociais e organizações apresentaram seus anseios ao Legislativo.
O vereador Ítalo Cardoso (PT), presidente, lembrou que esse problema só vem à tona quando cai na mídia, caso da agressão aos garotos na Avenida Paulista. Temos de enfrentar esses problemas de ódio à diversidade de uma vez.
Franco Reinaudo, do Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual da capital explicou o trabalho e atendimento realizado no município. Ele ressaltou que a verba para o Programa de Combate à Homofobia passou de R$ 350 mil para R$ 700 mil, porém, há ainda diversas ações que necessitam e podem ser ampliadas. Segundo Reinaudo, há dificuldades no atendimento por causa da alta demanda. Quem comete esse crime não tem medo de punição, por isso continuam a ocorrer, enfatizou.
Representantes do Grupo Corsa, instituição que defende a diversidade sexual, relataram que essas questões não são isoladas, pois hoje cada vez mais são relatados casos de xenofobia; inclusive na web, caso da garota Mayara Petruso, que difamou os nordestinos na internet no período eleitoral.
Para Maíra Diniz, do Núcleo de Combate da Defensoria Pública Estadual, essa violência já chegou ao limite há muito tempo. Maíra relatou que o número de atendimento vem subindo gradativamente.
Segundo o frei João Xerri, da Justiça e Paz Dominicana, a violência é um vírus que se alastra, finalizou.
Diante dos anseios e da importância do tema a Comissão deve apresentar uma emenda ao Orçamento de 2011 para melhorar os programas de atenção aos assuntos da diversidade e as ações de combate à discriminação em São Paulo.