Um projeto de lei que prevê aulas sobre trânsito e sustentabilidade nas escolas públicas municipais foi discutido em plenário nesta sexta-feira (13/11). De autoria da estudante Mariana Ferreira Augusto, do Colégio Soter, ele foi um dos PLs apresentados durante a instalação da 14ª edição do Parlamento Jovem Paulistano 2015, iniciativa da Escola do Parlamento.
“A gente tem visto muitos acidentes de trânsito por conta de pessoas que utilizam o celular ao dirigir, dirigem sem cinto de segurança, e seria vital que as crianças aprendessem isso desde pequenas. E também da sustentabilidade ambiental. A gente está vendo que não está tendo água, lixo nas ruas…”, disse.
Outro projeto ligado à sustentabilidade é o Gustavo Benatti, do Colégio Santi. A proposta do jovem de 14 anos prevê a doação de alimentos que hoje são jogados no lixo em supermercados e feiras livres para moradores de rua. Segundo Gustavo, a ideia surgiu no noticiário, que ele acompanha diariamente.
Para o presidente da Câmara Municipal, Antonio Donato (PT), o Parlamento Jovem já é uma marca da Câmara Municipal. “Já é a 14ª edição e é muito importante fundamentar nas escolas um debate e um conhecimento melhor da Câmara. É importante a criançada, logo no Ensino Fundamental , ter acesso às questões de cidadania e do processo legislativo”, afirmou.
O Parlamento Jovem foi criado na Câmara Municipal de São Paulo pela Resolução nº 10, de 21 de agosto de 2001. O principal objetivo é oferecer aos jovens noções de cidadania e democracia. Para tanto, eles exercitam, por um dia, as funções e os trabalhos do Poder Legislativo.
Não é por acaso, que a maioria da população jovem questionada sobre o projeto de 400 Km da malha cicloviária em São Paulo, foi a favor da implantação e ampliação do uso desta infraestrutura segura para os modos ativos (bicicleta, patins e skate) que não causam poluição e geram saúde. Estes jovens estão obtendo informações, não somente de uma única mídia, estão refletindo sobre o presente e o futuro, qual é o futuro que desejam, possivelmente está totalmente associado a sustentabilidade e ao uso correto dos recursos sem poluir e destinar um ambiente improprio para as futuras gerações.
Acredito que a Câmara deve aprender com as atitudes destes jovens, e devem se atualizar com as mesmas intenções de melhorias justas e sustentabilidade para a cidade de São Paulo. Pois, quando estes jovens estiverem votando, pode ter certeza que os vereadores que não estiverem caminhando com este conceito, estarão sem possibilidade de seguir adiante. Boa reflexão.