Fábio Jr. Lazzari
Um projeto para despoluir o Tietê e revitalizar seu curso foi apresentado nesta segunda-feira durante reunião do Parlamento Metropolitano órgão que reúne as 39 Câmaras Municipais da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). O Plano Diretor para o rio, ainda em fase de estudos, foi assunto de destaque no encontro.
A escolha da cidade anfitriã da reunião, Salesópolis, não foi ocasional. “Por estarmos na nascente do Rio Tietê, vi a importância de trazer essa discussão para cá”, disse o vereador Sebastião Rodrigues de Campos Junior, presidente da Câmara do município onde nasce o rio.
O prefeito de Salesópolis, Antônio Adílson, chamou o evento de “grito das nascentes”, e pediu mobilização dos parlamentares da Região Metropolitana pela preservação da bacia hidrográfica da região.
Ao apresentar as diretrizes do Plano Diretor do Rio Tietê, o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Police Neto (PSD), defendeu justamente a ação conjunta do Parlamento Metropolitano tanto nas pesquisas e elaboração do projeto quanto na sua execução.
Ele explicou que, por enquanto, uma equipe está estudando a legislação dos municípios referente ao uso e ocupação do solo, as Áreas de Proteção Permanente (APPs) e a potencialidade econômica da bacia. “A partir disso podemos gerar valor para o rio, e usar esse recurso na sua despoluição”, explicou.
Para essa exploração sustentável do Tietê, Police Neto defende a desocupação de APPs como um primeiro passo fundamental. “O dinheiro ainda não existe, mas será produzido a partir da eficiência de ocupação do solo”, disse. Ele também sustenta que a iniciativa privada possui envolvimento com a questão, por isso seus recursos serão igualmente procurados.
O presidente da CMSP espera que, com a elaboração do Plano Diretor, os municípios atuem como catalisadores do projeto de despoluição do rio, somando esforços à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que já possui um projeto nessa direção. Vamos buscar mecanismos para cada município contribuir um pouco e receber em dobro das autoridades estaduais e federais, disse.
Após a formalização do projeto, o Plano Diretor do Rio Tietê deverá ser aprovado nas 39 câmaras municipais da RMSP. É tarefa da casa de todos os municípios para que no menor período possível a gente consiga ter o Rio Tietê saudável, disse Sebastião Rodrigues.
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