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Passe Livre pede instalação de CPI do Transporte antes do recesso

25 de junho de 2013 - 22:25

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Luiz França/CMSP
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Rodolfo Blancato

Integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) e entidades estudantis compareceram à reunião de lideranças partidárias da Câmara Municipal nesta terça-feira (25/6) para pedir a instalação da CPI do Transporte Público antes do recesso parlamentar, programado para começar após a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias.

O pedido de CPI foi protocolado na semana passada pelo vereador Ricardo Young (PPS). Segundo ele, o objetivo é abrir a caixa preta das concessões de ônibus na cidade. O faturamento das concessionárias já é alvo de investigação do Ministério Público, conforme noticiou o jornal Folha de S. Paulo no último domingo.

Representando o MPL, a militante Mayara Vivian argumentou que adiar a CPI seria contrariar a “imensa pressão social” que está sendo feita pela investigação dos “lucros exorbitantes” das concessionárias. “Quem achar melhor votar depois do recesso, não se surpreenda se encontrar um protesto quando estiver na praia”, provocou Mayara.

Alguns parlamentares questionaram se iniciar a investigação agora era a melhor opção. O líder do governo, Arselino Tatto (PT), defendeu que não há fatos concretos para a instalação de uma CPI. Ele quer que a Casa envie pedidos de informação ao Executivo sobre as empresas de ônibus antes de tomar uma posição sobre o tema.

O líder do PSDB, Floriano Pesaro, sugeriu que seja adiada a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para impedir o início do recesso o regimento da casa impede a suspensão dos trabalhos se a LDO não for votada.

Presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito da USP, o estudante Alexandre Ferreira enfatizou que “a população de São Paulo quer participar do rumo que a política de transportes vai tomar”.

Em plenário

A sessão plenária desta terça-feira terminou sem uma decisão a respeito da CPI. A aprovação não ocorrerá antes de quinta-feira — teoricamente a última sessão antes do recesso. Pelo regimento, a criação de uma comissão de inquérito demora pelo menos dois dias: em um vota-se a criação da CPI, no outro é decido o assunto a ser investigado.

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