A regularização fundiária de imóveis residenciais, comerciais e industriais foi o tema que marcou a participação dos moradores da Subprefeitura Penha na audiência pública da revisão do Plano Diretor Estratégico (PDE), no CEU Quinta do Sol, na noite de 12 de agosto.
Indagações a respeito das Zonas de Interesse Social (ZEIS) e cuidados com a drenagem e despoluição de córregos também foram feitas pelos presentes.
O subprefeito da Penha, Cássio Freire Loschiavo, afirmou que há questões importantes que precisam ser resolvidas na região como a drenagem urbana, a ligação da ciclovia entre o Parque Ecológico do Tietê e a Radial Leste, a construção de parque verde na nascente do córrego Ponte Rasa, entre outros temas. “Agradeço a presença dos vereadores nesta audiência que escuta as demandas da população”, disse Loschiavo.
Oito indagações e reivindicações da comunidade foram apresentadas durante a audiência e respondidas pelo relator da revisão do PDE, vereador José Police Neto (PSDB).
“Agradeço a participação de todos que vieram aqui falar na audiência, porque alguns demonstraram não só o conhecimento da região, mas também mostram conhecimento técnico que ofereceram para essa comissão elementos para quando formos elaborar a proposta final do PDE apresentar essas propostas, pois é necessário que a população se envolva nesses debates,” afirmou o vereador Claudio Fonseca (PPS).
Geração de Empregos
A região da Penha possui empresas e parte dos moradores propõe reajuste na classificação da zona industrial, para que a comunidade mantenha as empresas não-poluentes. Uma sugestão seria a criação de mini-pólos industriais não-poluentes proposta pelo vereador Cláudio Fonseca.
“As empresas não-poluentes localizadas na Vila Silvia não conseguem se regularizar e obter o alvará de funcionamento e, em algumas situações, a solicitação foi até deferida”, afirmou Carlos José Santos, da empresa Piovezana, fabricante de móveis, que precisa ser regularizada. “Muitas empresas que ficam nas ruas Munhoz de Melo e Tomás Cooke estão com o mesmo problema e isso é extremamente preocupante, pois nossas empresas não poluem o meio ambiente, além disso, trouxemos empregos para os moradores da região. Precisamos da regularização da edificação”.
O vereador Claudio Prado (PDT) reforçou a necessidade da descentralização e manutenção dos empregos locais. “Esta região tem quase 35 mil pessoas trabalhando, que nós precisamos preservar. Além disso, garantir que cada bairro posa se desenvolver, permitindo com isso reduzir os problemas com o transporte”.
Segundo o relator Police Neto (PSDB), o fato de definir que área é predominantemente industrial não deu força para as manutenções dos empregos nem deu condições de reestruturar parque fabril que ainda é vivo também. “A partir de procedimentos urbanísticos se pode manter o emprego local, e isso é um tema que está sendo percorrido em todos os debates e em todos os lugares que fomos até hoje, que é a questão da desconcentração do emprego."
Na opinião do vereador, "a cidade será cada dia mais justa conforme o emprego ficar da casa das pessoas, já que o deslocamento é menor e a qualidade de vida é maior. Mas não é só isso, desconcentra a renda e a riqueza ao trazer o emprego mais próximo à casa do trabalhador”.
Participaram do encontro o Subprefeito da Penha, Cássio Loschiavo; a arquiteta da Secretaria de Desenvolvimento Urbano Teresa Cristina; os vereadores, Cláudio Fonseca (PPS), Cláudio Prado (PDT), Toninho Paiva (PR) e José Ferreira Zelão (PT) além do presidente da Comissão de Política Urbana, vereador Carlos Apolinário (DEM) e Police Neto (PSDB).
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