A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) rebateu as acusações de que o Instituto SAS, que controla o Hospital Municipal de Perus, estaria sendo propositalmente enfraquecido para que o contrato, que vence em maio de 2012, seja passado a outra Organização Social (OS). Em audiência pública realizada nesta quarta-feira, o assessor técnico Ivan Cáceres confirmou a rescisão, porém afirmou que ela se dará por uma diretriz da SMS de criar microrregiões escolha de apenas uma organização parceira que administre todos os equipamentos em uma localidade.
Para a presidente da Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher, Juliana Cardoso (PT), hoje é nítido que não se faz a mesma fiscalização nos outros contratos com Organizações Sociais. Lá não conseguem atender pacientes, enquanto outros têm recursos que conseguem aplicar no banco, completou.
Segundo Daniel Haruo Suzuki, do Instituto SAS, a falta de médicos no Pronto-Socorro de Perus se encaixa no contexto de outros hospitais da periferia de São Paulo. Entretanto, problemas estruturais ocorrem em parte pelo que a organização considera ser um não-cumprimento do contrato por parte da SMS.
O custeio está em dia, cobramos verba de investimento, parte variável (bonificação de 5% do custeio pelo cumprimento de metas) e aditivo que outras entidades receberam e o SAS não, explicou.
Henriqueta Norcia, da SMS, defendeu que não há nenhuma ressalva no tratamento dado ao Instituto SAS pela secretaria. Tenho certeza que, na maior parte do tempo, nem o Instituto SAS nem ninguém recebeu esse valor. Não temos recursos suficientes para pagar (a rubrica) investimento, não temos como pagar a bonificação, disse. Iván Cáceres também afirmou que não há nenhum senão quanto à conduta na Organização Social de Perus.
Durante a audiência pública, munícipes reclamaram da precariedade do atendimento no PS de Perus. Para Daniel, o debate foi importante para a população ver o que a gente (o Instituto SAS) passa todo dia.
(30/11/2011 – 12h50)