RENATA AFONSO
DA TV CÂMARA
A Câmara Municipal de São Paulo sediou neste sábado (17/3) o 19º Encontro Nacional de Profissionais em Pesquisa Clínica. Das pesquisas, por exemplo, pode surgir um novo medicamento.
O encontro deste ano debateu aspectos técnicos da pesquisa clínica em tempos de transformação. Participaram representantes dos ministérios da Saúde e Agricultura, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e da SBPPC (Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica).
O professor Gonzalo Vecina, da Faculdade de Saúde Pública da USP, disse que o potencial do Brasil nessa área é muito grande.
“Se nós participarmos do ciclo de produção desta tecnologia que vai ser utilizada em assistência à saúde, com certeza nós podemos fazer parte deste seleto clube de países que produzem a tecnologia que melhora a qualidade de vida. Poderemos vir a ser exportadores desta tecnologia”.
Os palestrantes falaram sobre a pesquisa clínica em saúde animal, inspeções realizadas, e ações e perspectivas para 2018. O Ministério da Saúde quer levar o tema à população.
Felipe Fagundes Soares, consultor do Ministério da Saúde, diz que a importância da pesquisa clínica ainda não está enraizada entre os brasileiros.
“O participante de pesquisa não é uma cobaia. É importante a colaboração no âmbito da pesquisa e entender que o desenvolvimento científico e tecnológico do País passa pela pesquisa clínica. Por isso é importante fortalecer a área.
Flávia Sobral, coordenadora da área de Pesquisa Clínica de Medicamento da Anvisa, diz que o congresso é importante pela possibilidade de discussão entre os diversos profissionais da área. “Podemos ver diversos pontos de vista para tentar cada vez mais melhorar a pesquisa clínica no Brasil e repassar o que a gente tem de informação em termos regulatórios”, diz.
Diretor do SBPPC, Conceição Accetturi diz que o encontro é importante para difundir informação.
“A gente percebe que a coisa mais importante deste encontro foi a divulgação da importância da pesquisa clínica, tanto para os profissionais, quanto para a população leiga. É importante que todos conheçam para que não se repita a história da pílula do câncer. Aquele foi um tratamento divulgado sem a pesquisa clínica obrigatória anterior à divulgação e uso daquele tratamento”.
O encontro encerrou a Semana Municipal de Informação e Divulgação da Pesquisa Clínica. O evento teve apoio do vereador Paulo Frange (PTB), que é pesquisador há 22 anos.
“O que nós estamos discutindo aqui é o que a tecnologia e a ciência juntas estão promovendo para que a gente possa ter novos remédios, novos fármacos para enfrentar as novas doenças e as doenças antigas”, diz.