RenattodSousa / CMSP
O Projeto de Lei (PL) 66/2012, do vereador Laércio Benko (PHS), obriga a Prefeitura a criar espaços adequados e reservados para a prática de atos fúnebres das religiões de matrizes africanas.
O projeto foi debatido nesta segunda (21/10) em um evento promovido pelo mandato do vereador na Câmara. O encontro reuniu diversas lideranças religiosas da Umbanda e do Candomblé, que relataram casos de desrespeito no momento em que membros dessas religiões são velados ou enterrados.
A gente precisa cobrir a janela do velório, porque as pessoas querem atacar. A gente tem que fazer escondido uma coisa que é um direito nosso, contou o babalorixá Alfaniri, lembrando que os rituais diferem muito dos praticados pelas religiões cristãs. Por exemplo, na umbanda e no candomblé as pessoa vão de branco ao enterro.
Todas as religiões têm seu ato fúnebre, têm a sua forma de cultuar seus defuntos. Infelizmente, nós somos mal vistos, mal quistos, mal atendidos e mal assessorados, disse a ialorixa Mãe Gilda.
Na abertura do evento, Benko lembrou que a discriminação que o projeto tenta eliminar é só mais uma entre tantas sofridas pelos seguidores dessas religiões. Temos muitas outras coisas para falar. Nós vamos tentar conversar com o secretário do verde e do meio ambiente para que possamos utilizar os parques municipais para fazer entregas aos nossos orixás, prometeu o parlamentar.
(21/10/2013 21h30)