Durante a exposição, Tomei Junior explicou que a festa paulistana do ano que vem está sendo organizada por uma comissão criada através do Decreto 58.857, de julho de 2019, envolvendo várias secretarias. A comissão inclui representantes das secretarias municipais de Cultura, Turismo, Subprefeituras, Saúde, Segurança Urbana, Mobilidade e Transportes, Direitos Humanos e Cidadania, Licenciamento, Desenvolvimento Urbano e ainda do Gabinete do prefeito.
De acordo com o assessor da secretaria de Cultura, pasta responsável pela coordenação do planejamento, um dos objetivos para o Carnaval 2020 é a pulverização de desfiles de blocos em todas as regiões da cidade, o que estaria sendo alcançado. Em 2019, houve atrações em 29 subprefeituras – em 2020, há pedidos para todas as 32 subprefeituras.
O período de inscrições para a realização de eventos que constarão do calendário oficial, e receberão suporte do Poder Público, se encerrou em setembro. Houve 960 pedidos de desfile, de 880 blocos. Com taxa de desistência esperada de 20%, a secretaria acredita que serão entre 700 e 800 desfiles.
A Subprefeitura Sé teve 260 pedidos; na de Pinheiros, foram 164; a Vila Mariana recebeu 71 solicitações; e para a Lapa foram 66. Das intenções de desfile, 31 são para blocos com estimativa de reunir mais de 100 mil pessoas. Tomei Junior também ressaltou a variedade cultural dos estilos musicais propostos até o momento. Há 35 blocos infantis, e 70 que se autodenominam como novos blocos.
Carnaval de 2020 planejado com base em dados
O planejamento é realizado com base nos dados enviados pelos blocos, e em informações colhidas após a experiência de realização do Carnaval deste ano. “O objetivo é criarmos mapas operacionais com a definição dos trajetos dos desfiles para estabelecermos quais e onde ficarão os serviços necessários”, disse Tomei Junior. “Além de garantir a mobilidade da população e a distância de hospitais, pontos de alagamento, entre outras questões”, explicou.
Alguns moradores de bairros que recebem o Carnaval de rua demonstraram preocupação com a autonomia da vizinhança nos dias de festividades, além do incômodo.
Denise Carollo, presidente da AMJA (Associação de Moradores da Rua Joaquim Antunes), na região de Pinheiros, solicitou uma infraestrutura para reduzir possíveis transtornos para quem reside nos locais dos desfiles. “Qual é o legado que fica no espaço que vai ser ocupado pelos blocos? É importante que isso esteja claro, para que os bairros e subprefeituras não tenham que arcar sozinhos, depois, com as avarias”, alertou.
Tomei Junior, da Secretaria de Cultura, lembrou que, apesar de tradicionalmente a cidade de São Paulo ficar “vazia” no Carnaval, nos últimos anos o paulistano não tem viajado, preferindo aproveitar as atrações. “A ocupação de hotéis, que antes era de 30%, chegou a 90% no ano passado. Foram 10 milhões de visitantes aqui no ano passado. Tudo isso movimenta o comércio local, gera empregos temporários e fixos, ocupa a rede hoteleira, agita o turismo, e a cidade toda é beneficiada. Em 2020, teremos o maior Carnaval da história de São Paulo”, afirmou Tomei Junior.
Para o vereador Caio Miranda Carneiro (PSB), a reunião foi bastante produtiva. “Mais interessante aqui é vermos a antecipação do planejamento de organização, para tentar minimizar problemas que são previsíveis. Se organizar, acho que chegaremos a um bom termo”.