Luciana Sarmento / CMSP
Aumentar o nível educacional da cidade de São Paulo e formar uma sociedade leitora estão entre os principais objetivos do Projeto de Lei que cria o PMLL (Plano Municipal do Livro e da Leitura). O PL 168/2010 foi debatido durante audiência pública realizada na noite desta segunda-feira (9/6) na Câmara Municipal.
Autor do projeto, o vereador Antonio Donato (PT) explicou quais são as principais diretrizes traçadas pelo plano. Nosso intuito é a valorização da leitura e da produção literária, a formação de mediadores pessoas que estimulem o ato de ler e o fortalecimento da economia do livro, para que a gente possa estimular as pequenas editoras.
Trata-se de uma política que já existe a nível nacional. O PNLL (Plano Nacional do Livro e da Leitura), desenvolvido pelos ministérios da Cultura e Educação, é um conjunto de projetos, programas, atividades e eventos na área da leitura.
Para o secretário-executivo do PNLL, José Castilho Marques Neto, o Brasil não conseguirá se desenvolver enquanto não for um país de leitores plenos.
O Indicador do Alfabetismo Funcional de 2012, produzido pelo Instituto Paulo Montenegro, aponta que 26% dos brasileiros alfabetizados não são leitores plenos ou seja, não conseguem ler um texto de uma página e compreendê-lo totalmente.
Nós percebemos um enorme esforço de muitas pessoas, instituições e governos, mas há que intensificar isso porque a dívida histórica é muito grande e nós precisamos avançar, afirmou o secretário.
Coordenadora da rede de CEUs (Centro Educacional Unificado) de São Paulo, Marta de Betânia Juliano destacou a importância dos mediadores de leitura nesse processo. A mediação da leitura é fundamental. Uma criança, um jovem, vai gostar mais ou menos de leitura na medida e na forma como tudo isso é passado para ele. A partir dos mediadores, a gente pode formar leitores críticos e qualificados, disse.
(09/06/2014 22h21)