A Prefeitura de São Paulo deve lançar na segunda quinzena deste mês uma plataforma participativa para o desenvolvimento do PlanMob (Plano Municipal de Mobilidade). O objetivo é que a população responda uma pesquisa de opinião para contribuir na elaboração do texto final do plano.
O superintendente de planejamento e projetos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Ronaldo Tonobohn, apresentou o texto preliminar do PlanMob aos conselheiros participativos da região central da cidade em uma reunião realizada nesta quinta-feira (5/2), na Câmara Municipal de São Paulo.
O PlanMob deve definir um cenário de investimentos para mobilidade urbana na Capital nos próximos 15 anos. Segundo Tonobohn, as prioridades do plano são o transporte coletivo , o não motorizado — ciclovias — e o sistema de circulação de pedestres, com a estruturação de calçadas que melhorem a acessibilidade, inclusive para usuários com mobilidade reduzida. “A grande novidade é que o plano não será um conjunto vago de diretrizes, como normalmente acontece. Ele é um plano que vai definir investimentos, vai dizer quanto vai ser investido, onde e o que precisa ser feito”, disse.
Outro destaque apresentado é a ideia de um novo desenho na rede de transporte coletivo. “O PlanMob vai definir o novo desenho das linhas estruturais e das linhas locais, as divisões de sub-redes que estamos propondo, que é um modelo bastante novo de rede de transporte coletivo, vai ser desenhado nesse processo”, destacou.
Além de abrir a discussão com os conselheiros participativos das cinco regiões da capital e da plataforma online, irão ser realizadas reuniões nas 31 subprefeituras da cidade para consultas pública.
“Iremos definir políticas para o modo de transporte individual, coletivo, motorizado e não motorizado. Vamos trabalhar de uma maneira bastante ampla como, por exemplo, a política de cargas (transporte de bens e serviços), que depende de pesquisas que estão começando agora”, afirmou o superintendente.
O PlanMob deve ser finalizado até maio deste ano e deve ser implementado por decreto do Executivo para regulamentar as diretrizes impostas pelo PDE (Plano Diretor Estratégico).
Só acredito vendo. nunca as autoridades ouvem a população. O que seria diferente agora?
A Prefeitura de São Paulo vem fazendo algo que sempre deveria existir, mas poucos são realmente dispostos a colocar em prática. Os Conselhos populares de várias áreas já são realidade. Eu tenho contato e acompanho os trabalhos do Conselho Municipal de Cultura. Só acho uma pena que a divulgação é falha, tem pouco alcance. Por outro lado, existe pouca predisposição dos cidadãos de procurarem as vias existentes para participar.
Boa notícia. A consulta e o debate precisam acontecer, para que o processo e as decisões sejam legitimadas. Estamos aguardando ansiosos a chance de participar Senhores!
A Lei 12587/2012, estabelece em seu artigo 24 o prazo final para a elaboração dos Planos de Mobilidade Urbana, o mês de abril de 2015, definindo ainda penalidades como estar preterido dos recursos federais para mobilidade. Pergunto: como ainda uma cidade do porte de São Paulo ainda está nas fases preliminares e define o prazo de apresetação do seu Plano de Mobilidade para o mês de maio de 2015?