MARCOS CAMPOS
DA TV CÂMARA
Nesta quarta-feira, a Comissão de Educação da Câmara Municipal realizou uma audiência pública para discutir propostas ao Projeto de Lei PL 168/2010, de autoria do presidente da Casa, vereador Antonio Dontato (PT), que institui o Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca na cidade. O projeto já foi aprovado em primeira discussão.
Além das audiências públicas foram ainda mais de 30 debates setoriais envolvendo representantes do executivo e da sociedade civil para levar melhores propostas ao plano.
Paulo Farah,coordenador do grupo de trabalho do Plano Municipal do Livro ressaltou que foi muito importante realizar essas audiências pública em todas as regiões da cidade. “Consultamos especialistas, professores, editores, bibliotecários e todos aqueles que são vinculados ao tema diretamente, mais a sociedade civil como um todo, os interessados em geral e em várias regiões de uma cidade da dimensão de São Paulo”.
O Plano deve integrar educação e cultura e garantir o acesso à leitura, ao livro, além de desenvolver literatura dentro e fora das escolas. De acordo com o secretário municipal de Cultura, Nabil Bonduki, as bibliotecas, os livros e a leitura precisam ser pensadas em conjunto com a cultura de uma maneira mais ampla. “Hoje não se considera mais possível uma biblioteca ser separada por exemplo de um pequeno centro cultural, que eles usam atividades além de proporcionar o acesso ao livro”, sinalizou.
Para Maria Cecília Vaz ,coordenadora de projetos especiais do CEUs (Centros Educacionais Unificados), as escolas da prefeitura municipal de São Paulo têm no seu bojo, no seu projeto pedagógico a intencionalidade e ação de expandir a leitura para além dos muros da escola. “Então as salas de leitura que são exemplos desta ação, recebem a comunidade fora do horário de aula e enviam no sentido de troca e empréstimo, livros para as casas das famílias”, disse.
O projeto de lei é de autoria do presidente da Câmara Municipal, vereador Antonio Donato que na audiência ressaltou a necessidade de aprimoramento do projeto e do apoio aos autores.
“Hoje o mercado editorial está concentrado em grande editoras e a distribuição portanto de editoras menores não tá garantida nas compras governamentais por exemplo, então autores que tem qualidade e estão em editoras menores tem dificuldade em fornecer para o poder público”.
Donato explicou que todas as questões referentes ao Plano Municipal do Livro foram amplamente debatidas e de forma democrática. ”Há um ano esse debate vem acontecendo e se chegou à uma minuta de texto que agora a gente vai à fase final de acertar os detalhes, conversar com a Secretaria de Educação e de Cultura para que a gente possa colocar em segunda votação e mandar para o prefeito e esperar a sanção desse plano”, finalizou.