Douglas Ferreira | REDE CÂMARA SP A Câmara Municipal de São Paulo aprovou em segundo turno de discussão, na Sessão Plenária desta terça-feira (10/12), o texto substitutivo do governo ao PL (Projeto de Lei) 574 /2024. A matéria da Prefeitura prevê adequações viárias na avenida Aricanduva, na zona leste da cidade, para receber novo tipo de modal. A proposta, que agora segue para sanção do governo, passou de forma simbólica – sem votação nominal dos parlamentares.
De acordo com a proposta, os ajustes são necessários para a implementação do BRT (Bus Rapid Transit) – sistema de ônibus que opera em faixas exclusivas e com a capacidade de oferecer mais rapidez no trânsito. A Prefeitura destaca no texto que o corredor Aricanduva tem 13,6 quilômetros de extensão, e será uma importante via para o transporte público.
“O Corredor Aricanduva será uma peça fundamental para a rede de transporte público de São Paulo, conectando a Linha 3 do Metrô, as linhas 11 e 12 da CPTM, e o corredor metropolitano ABCD em São Mateus”, menciona o Projeto de Lei, que traz em anexo os mapas dos alinhamentos viários.
O PL explica ainda que a implantação do BRT exige uma série de intervenções na infraestrutura viária local para acomodar o novo modal. Segundo a iniciativa, junto com o sistema de transporte, “o projeto prevê um desenho urbano revitalizado, com a construção de ciclovias e readequação dos passeios, atendendo as mais recentes normas de acessibilidade urbana”.
O vereador Fabio Riva (MDB), líder do governo na Câmara, subiu à tribuna para se manifestar a favor da proposta. Riva chamou a atenção da importância dos ajustes viários para melhorar a mobilidade da capital paulista. “Um projeto importantíssimo de transporte público de massa, mas também há outros alinhamentos necessários na cidade de São Paulo. Quando trazemos um projeto como esse, sem dúvida nenhuma, vamos priorizar o transporte coletivo para dar melhores condições principalmente para as pessoas que moram nas periferias da cidade”.
O vereador Alessandro Guedes (PT) se posicionou favoravelmente ao PL. O parlamentar defendeu o projeto, especialmente pela criação de um novo viário na região de Itaquera, zona leste da cidade. “Voto a favor, porque em Itaquera, naquela região do Cosmopolita, Fazenda do Carmo, a região ali no início da Tiradentes, cortando pela CDHU e cemitério do Carmo, precisam de um novo viário”.
Já o líder do PT na Casa, vereador Senival Moura (PT), votou contra o projeto. “Em função das alterações que apareceram de última hora nos mapas da cidade de São Paulo e do número de obras que já estão prontas, eu aqui, neste momento, registro voto contrário”.
Líder da bancada do PSOL na Câmara, o vereador Celso Giannazi (PSOL) também votou contra o projeto. Ele pediu o adiamento da votação, a fim de ter mais tempo para analisar os alinhamentos viários propostos no texto. Giannazi afirmou que o substitutivo apresentado pelo governo trouxe novas intervenções, modificando a proposta original. “Incluíram vários pontos, como avenida Santo Amaro, avenida Miguel Yunes, avenida Sabará e M’Boi Mirim, Perus. De um alinhamento na avenida Aricanduva, passamos para 14, 15 novos alinhamentos viários, que implicam, inclusive, em desapropriações”.
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