Richard Lourenço | REDE CÂMARA SP A Câmara Municipal de São Paulo finalizou os trabalhos do Plenário desta semana nesta tarde. Nas três primeiras sessões do ano – entre terça (4/2), quarta (5/2) e quinta-feira (6/2) – a Casa manteve o mesmo formato das atividades, abrindo espaço para os vereadores discutirem sobre temas de livre escolha.
Além do pequeno e grande expedientes, o presidente da Câmara, vereador Ricardo Teixeira (UNIÃO), permitiu comunicados de liderança e promoveu a Tribuna Livre, a fim de garantir a fala dos parlamentares interessados em discursar.
Nesta quinta, a primeira a subir à tribuna do Plenário foi a vereadora Luna Zarattini (PT). A parlamentar voltou a falar dos problemas causados pelas chuvas. Em especial, Luna citou as regiões do Jardim Pantanal e São Miguel Paulista – ambas na zona leste da cidade. Ele entende que é necessário apresentar uma proposta habitacional e um plano de ações de direitos humanos nos locais.
“Teremos problemas como, por exemplo, com o acúmulo de lixo quando a água abaixar. É preciso um plano para a questão do lixo. Não vai dar para ser tratado de forma comum nessas regiões”, afirmou Luna Zarattini.
Ainda sobre as questões ambientais, a vereadora Renata Falzoni (PSB) considera que a emergência climática é um “tema urgentíssimo” a ser discutido e que o assunto tem que ser uma das principais pautas de debate na Casa. Falzoni também contou que protocolou um pedido para formar uma Frente Parlamentar na Câmara para aprofundar os estudos sobre o clima. “Temos que fazer tudo o que está ao nosso alcance para reduzir ao máximo as emissões de carbono e preparar a cidade para um processo de adaptação e mitigação dos efeitos das emergências climáticas”.
O 1° vice-presidente da Câmara, vereador João Jorge (MDB), também participou do debate sobre os fenômenos climáticos. Ele reconheceu a importância de planejar medidas de combate às enchentes, e disse que o governo tem atuado para minimizar os impactos provocados pelas tempestades. De acordo com João Jorge, nos últimos quatro anos, a gestão investiu R$ 7,6 bilhões em obras. “Construção de piscinões, limpeza de córregos, bueiros, aprofundamento de calhas e desassoreamento”.
Da tribuna, o vereador Professor Toninho Vespoli (PSOL) disse que as chuvas são “problemas crônicos” na capital paulista. “Sabemos que acontecem todo ano, que vamos ouvir de pessoas que perderam os seus mobiliários, documentos, alimentação, não tem onde dormir porque molhou o colchão”. Vespoli também aproveitou o espaço para cobrar políticas públicas dos governos municipal e estadual. “Sabemos, às vezes, da ineficiência do Poder Público – tanto do governo municipal quanto do governo estadual”.
Outros temas
Além das chuvas, parlamentares discursaram sobre outros assuntos. A vereadora Sandra Santana (MDB), por exemplo, falou das obras para a extensão da Linha 6-Laranja, com a implantação de uma estação de Metrô na Brasilândia, zona norte da cidade. “Teremos em outubro de 2025 a nossa linha funcionando da Brasilândia até, provavelmente, a estação Perdizes, e finalizando em outubro de 2027”.
“Nos próximos meses, até meados deste ano, devemos começar a instalação dos trilhos por todo o percurso. Isso vai atender uma população de 630 mil pessoas”, disse Sandra Santana.
Já o vereador Paulo Frange (MDB) ressaltou a ampliação e a importância das unidades de atendimento de urgência e emergência na capital. “São 480 Unidades Básicas de Saúde e 33 unidades de atendimento de urgência e emergência, que respondem por 90% da solução de urgência e emergência da cidade de São Paulo”.
“Passamos de 80 mil funcionários da rede para 120 mil com um orçamento que saiu de R$ 10 bilhões para R$ 22 bilhões neste ano”, falou Frange, que destacou a inauguração e estrutura da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Lapa – zona oeste de São Paulo. “Era o antigo pronto-socorro da Lapa, de 1967, há 58 anos. Estava pequeno, apertado demais e a região densamente povoada, desde Jaguaré, passando por Lapa, Perdizes, Pompeia”.
O vereador Sargento Nantes (PP) lamentou o assassinato do policial militar Rafael Rodrigues Novais, nesta quinta-feira. Ele foi baleado pelo vizinho. O crime aconteceu no Jardim Paulistano, zona norte da capital. “Eu trago à Casa um Projeto de Lei para que possamos colocar e alocar agentes de segurança em uma região que seja menos crítica, onde a vida deles e dos seus familiares esteja em perigo”.
A vereadora Simone Ganem (PODE) utilizou o tempo de fala pela primeira vez. Ela disse ser um privilégio ter sido eleita e que se sente honrada em fortalecer a representatividade feminina no Parlamento paulistano. A parlamentar também expôs alguns temas que pretende defender na Câmara. “As causas animais, a saúde mental, que precisa ser prioridade hoje, a fibromialgia, que é uma condição que precisa de reconhecimento, a seguranças nas escolas, porque é o futuro da nossa nação. São as nossas crianças. E não poderia deixar de pontuar os direitos das mulheres”.
Quem também subiu à tribuna nesta tarde foi a vereadora Ana Carolina Oliveira (PODE). A parlamentar trouxe informações sobre casos de estupro no início do ano passado. “3.315 processos contra crianças e adolescentes foram distribuídos nos quatro primeiros meses de 2024, segundo dados do Tribunal de Justiça de São Paulo. Isso é inaceitável”.
Ana Carolina repercutiu ainda temas como abandono, a exploração e o abuso sexual infantil. “São Paulo, nossa cidade, não pode fechar os olhos para esta tragédia que destroi, silencia vozes e marca profundamente o futuro de tantos pequenos ainda na primeira infância”.
Próxima sessão
A próxima Sessão Plenária está convocada para terça-feira (11/2) da semana que vem, às 15h. A Câmara Municipal de São Paulo transmite a sessão, ao vivo, por meio do Portal da Câmara, no link Plenário 1º de Maio, do canal Câmara São Paulo no YouTube e do canal 8.3 da TV aberta digital (TV Câmara São Paulo).
Assista à Sessão Plenária de hoje.
